Lucro da Cofina desce 17% em 2012

O resultado líquido da Cofina recuou 16,7%, em termos homólogos, para 4 milhões de euros no ano passado, revelou esta quinta-feira a empresa num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já o volume de vendas baixou 10,5% para 113 milhões de euros, com as receitas de circulação fixadas nos 60 milhões de euros e as receitas de publicidade a descerem 20,5% para 39,6 milhões de euros. Em contraciclo, as receitas de produtos de «marketing» alternativo subiram 12,1% para 13,6 milhões de euros.

No comunicado, a Cofina apontou para a «forte contração da atividade económica» em 2012, em particular, nos segmentos dependentes do consumo privado, que levaram à queda do investimento publicitário.

Conforme reforçou a empresa liderada por Paulo Fernandes, os anunciantes adiaram e reduziram fortemente as suas decisões de investimento ao longo do ano passado.

O EBITDA (lucro operacional) em 2012 foi de 16,5 milhões de euros, menos 16,3% do que no ano anterior, ao passo que a margem EBITDA foi de 14,6%.

«As medidas de controlo e racionalização dos custos que têm vindo a ser adotadas pela Cofina permitiram acomodar, ao nível do EBITDA, grande parte das quedas registadas nas vendas», revelou a empresa de media que detém, entre outros títulos, o «Correio da Manhã», o «Jornal de Negócios» e a revista «Sábado».

A Cofina destacou que, no ano passado, de acordo com os dados da Associação Portuguesa de Controlo de Tiragens (APCT), o Correio da Manhã registou uma circulação paga média diária superior a 117 mil jornais, reforçando a sua liderança ao atingir uma quota de mercado de 53,3%.

Refira-se que, em 2012, a dívida líquida da Cofina diminuiu em cerca de 7 milhões de euros, para um total de 73,1 milhões de euros.

A empresa salientou ainda que o ano passado marca o arranque do projeto do «Correio da Manhã TV», um canal generalista de cabo, cujo início da atividade ocorrerá no próximo dia 17 de março.