Lucro da Galp sobe 51% para 75 milhões de euros

A Galp Energia registou lucros ajustados de 75 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 51% que no primeiro trimestre do ano passado, anunciou a empresa em comunicado. O valor bate as expetativas dos analistas, que apontavam para os 70 milhões de euros.

Os resultados não ajustados caíram quase 64% para 62 milhões de euros, devido ao efeito stock, que foi muito elevado em 2012 (121 milhões) e que foi negativo em 2013 (-6 milhões).

Os lucros operacionais ajustados atingiram os 148 milhões de euros, mais 49% que no primeiro trimestre de 2012, graças a uma «melhor performance operacional de todos os segmentos» e apesar das «quedas acentuadas nos volumes vendidos de produtos petrolíferos na península Ibérica».

A Galp destaca «o aumento da produção de petróleo e gás natural no Brasil, a melhoria da margem de refinação e o aumento das vendas e da margem de comercialização de GNL (gás natural liquefeito) no mercado internacional».

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 23,9% para os 253 milhões de euros.

A Galp revela ainda que a produção net entitlement de petróleo e gás natural aumentou 21% para os 20,1 mil barris por dia, com a produção no Brasil a representar 60% do total.

A margem de refinação atingiu os 1,8 dólares por barril, mais 1,1 dólares do que no primeiro trimestre de 2012, reflexo da «tendência positiva no mercado internacional, apesar da operação do projeto de conversão só ter estabilizado no final de Março por estar em fase de arranque».

No entanto, o negócio de venda de produtos petrolíferos voltou a ser penalizado pela queda da procura na Península Ibérica. «Durante o período, o mercado de produtos petrolíferos contraiu 12%, em relação ao período homólogo de 2012, situando-se nos 13,8 milhões de toneladas (mt), particularmente afetado pela evolução do mercado espanhol que contraiu 13% no primeiro trimestre do ano», explica a petrolífera.

O investimento ascendeu aos 189 milhões de euros, 80% dos quais se destinaram a atividades de exploração e produção. É um aumento de 1,1% face aos primeiros três meses do ano anterior.

A dívida líquida atingiu os 1.887 milhões de euros (926 milhões de euros considerando o empréstimo à Sinopec como caixa e equivalentes), face aos 766 milhões de euros registados no homólogo de 2012.