Lucro da Media Capital cai 7% para 9,7 milhões de euros - TVI

Lucro da Media Capital cai 7% para 9,7 milhões de euros

Grupo Media Capital

Receitas publicitárias mantiveram-se face ao homólogo

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A Media Capital registou lucros de 9,689 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, menos 7% do que no mesmo período do ano passado, anunciou a empresa.

A dona da TVI, que é também a casa mãe da Agência Financeira apresentou proveitos operacionais de 172,82 milhões de euros, menos 11% que em 2009, e um EBITDA (ganhos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 27,8 milhões, o que traduz uma queda idêntica. O valor encontra-se já ajustado do encerramento do RCP e está também influenciado pelo impacto da mais-valia registada em 2009 com a venda de 35% da Transjornal, sem o qual teria recuado apenas 9%.

Também o EBIT (resultado operacional) caiu 18% para 18 milhões de euros, reflectindo já o impacto da descontinuação do RCP.



As receitas publicitárias ascenderam aos 105,2 milhões de euros, valor idêntico ao do período homólogo, o que deixa a empresa em linha ou até ligeiramente melhor do que o comportamento do mercado, já que «as estimativas apontam para que nos primeiros nove meses do ano o mercado de publicidade tenha recuado perto de 1%».

TVI continuou a liderar audiências

«A TVI continuou a liderar as audiências de televisão todos os meses e por larga margem, com shares médios em sinal aberto de 34% no total do dia e de 39,4% no horário nobre», explica a Media Capital, acrescentando que a margem EBITDA do segmento de Televisão se expandiu de 22,2% para 24,4%.

No comunicado, o grupo lembra que a TVI Internacional iniciou emissões no final de Maio, referindo que «este novo canal constitui um passo adicional na estratégia de exploração de proveitos alternativos à publicidade, aproveitando competências existentes e o vasto leque de conteúdos próprios de referência».

Menos encomendas de Espanha penalizam produção audiovisual

A actividade de Produção Audiovisual registou uma contracção de 20% dos proveitos operacionais, a qual não foi compensada pela redução dos custos operacionais. Não obstante, este segmento apresentou uma margem EBITDA de 7%.

«A actividade em Espanha registou uma redução, sobretudo a nível da produção para televisões generalistas, exceptuando a Telecinco, e autonómicas, embora a evolução dos proveitos de direitos de cinema também tenha sido negativa. Estas duas situações não foram compensadas pela maior actividade relacionada com a gestão de televisões autonómicas e produção/distribuição internacional», explica o comunicado, salvaguardando que «em Portugal, os proveitos operacionais também recuaram derivado, na sua larga maioria, de menores receitas com produções televisivas».

No segmento de Entretenimento, a actividade de cinema registou menos proveitos. No Vídeo, o mercado continua numa tendência negativa, situação que conjugada com o fim do acordo com a Warner Home Video (Setembro de 2009) levou a que os proveitos recuassem. Em Música & Eventos, e também decorrente da evolução adversa do mercado, os proveitos tiveram idêntica tendência. Assim sendo, este segmento apresentou um EBITDA negativo de 2,7 milhões de euros.

Em Rádio, os proveitos de publicidade estabilizaram em termos homólogos. No seguimento do melhor resultado de audiências de sempre, com especial destaque para a Rádio Comercial e a M80, a margem EBITDA foi de 5%.

Em Internet, os primeiros nove meses de 2010 registaram níveis recorde no que respeita à evolução quer de proveitos quer de page views e utilizadores únicos (este último com um média mensal de 3,7 milhões).
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