Lucro do BPI cresce 3,1% no 1º trimestre - TVI

Lucro do BPI cresce 3,1% no 1º trimestre

Fernando Ulrich [LUSA]

Resultado chega aos 40,5 milhões de euros

O Banco BPI divulgou na última noite um lucro de 40,5 milhões de euros no primeiro trimestre, o que representa um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior de 3,1% por cento.

A atividade internacional contribuiu com quase metade, ao originar um lucro de 19,3 milhões de euros, uma redução homóloga de 1,3 por cento. Em Portugal, o lucro subiu 7,4% e atingiu 21,2 milhões de euros.

O produto bancário atingiu os 344,6 milhões de euros, mais 18,2% do que no período homólogo.

O produto bancário designa o resultado da atividade bancária e soma margem financeira (116,2 milhões de euros), comissões e outros proveitos (71,8 milhões), ganhos e perdas em operações financeiras (155,6 milhões), rendimentos e encargos operacionais (4,7 milhões negativos) e ainda resultados técnicos de contratos de seguros (5,7 milhões).

O ganho do produto bancário assentou porém apenas no bom desempenho nas operações financeiras (75,7%), uma vez que em todas as outras componentes registaram variações negativas.

Os custos de estrutura baixaram 2,4% homólogos, para 155,8 milhões de euros, com os custos com pessoal nos 92,5 milhões, os fornecimentos e serviços de terceiros nos 58,5 milhões e as amortizações de imobilizado nos 8,1 milhões.

O resultado operacional (produto bancário menos os custos de estrutura) subiu 43,3%, para os 188,8 milhões de euros.

O BPI tinha depósitos de clientes no valor de 24,1 mil milhões de euros, menos 0,1% homólogos, e crédito concedido de 27,2 mil milhões, menos 4,2% homólogos. O recurso ao Banco Central Europeu ascendia a quatro mil milhões de euros.

Na qualidade da carteira de crédito, há uma degradação em termos homólogos. O banco informa a existência de 928 milhões de euros de crédito vencido há mais de 90 dias, correspondentes a 3,3% da carteira de crédito bruta, quantificada em 28.042,3 milhões de euros. Há um ano, este valor era de 780,3 milhões de euros (2,7% do total).

Ainda neste particular, o BPI apresentava 1.253,4 milhões de euros de crédito em risco (4,7% do total) e imparidades acumuladas no balanço de 896,5 milhões de euros (3,2%).

Neste trimestre, o BPI recomprou, em 13 de março, ao Estado 200 milhões de euros em obrigações de capital contingente (conhecidas como 'CoCo bonds'), o que reduziu o montante destas obrigações que se encontram na titularidade do Estado português para mil milhões de euros.

Na ocasião, o banco decidiu também solicitar ao Estado Português o reembolso de mais 100 milhões de euros destas, em antecipação do calendário indicativo de reembolso previsto no seu plano de recapitalização, o que vai reduzir o montante de CoCos que se encontra na titularidade do Estado para 900 milhões de euros.
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