Mais impostos para o privado? «Não faz sentido», diz Mexia - TVI

Mais impostos para o privado? «Não faz sentido», diz Mexia

  • Redação
  • António Ferrari (TVI) com CPS
  • 20 ago 2012, 12:54
Mexia

Garantia foi deixada à margem da assinatura do empréstimo de 1.000 milhões com China Three Gorges

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O presidente executivo da EDP, António Mexia, considerou esta segunda-feira que «não faz sentido» que «haja mais impostos para o setor privado».

Isto numa altura em que o Governo está a preparar o Orçamento do Estado e a arranjar solução para equilibrar as contas públicas. O buraco é de 2 mil milhões de euros, depois de o tribunal Constitucional ter decretado inconstitucionais os cortes de subsídios de férias e de Natal para a função pública, uma medida que se destinava a arrecadar essa receita.

«Uma das lógicas deste programa de reestruturação da economia portuguesa é justamente libertar recursos do Estado para a economia privada. Esta decisão vem obviamente colocar pressão em arranjar soluções. Eu acho que a solução de mais impostos sobre o setor privado não faz sentido», declarou o CEO da elétrica.

E acrecentou: «Não se pode comparar aquilo que é a redução de custos que resultava das medidas anteriores com o que seria um aumento de receitas. Não são coisas iguais e devem ser justamente respeitadas como coisas diferentes».

António Mexia falava à margem da assinatura de protocolo entre a EDP, China Three Gorges e o China Development Bank Corporation, relativo ao empréstimo de 1.000 milhões de euros acordado no passado mês de julho.

Já o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, Eduardo Catroga, garantiu que o empréstimo em causa - de 1.000 milhões de euros - «é um momento histórico» para a empresa.

«É uma operação de grande importância, um compromisso assumido aquando a aquisição de uma participação de 21,35% pela China Three Gorges», lembrou, antes de destacar as relações entre Portugal e a China.

O China Development Bank Corporation aprovou hoje um empréstimo à EDP e à EDP Finance BV de 1.000 milhões de euros, que vence a cinco anos com uma taxa de 4,80% acima da Euribor a seis meses.
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