Marcas da CGD, BCP, BES, BPI e BANIF valem menos 740 milhões - TVI

Marcas da CGD, BCP, BES, BPI e BANIF valem menos 740 milhões

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CGD é a mais valiosa entre as portuguesas. Marcas de todos os bancos perdem valor. Excepção é o BES

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O valor das marcas da CGD, BCP, BES, BPI e Banif ascende este ano a 2,5 mil milhões de euros, uma queda de 23% face aos 3,24 mil milhões de euros de 2010. São menos 740 milhões.

«Esta queda reflecte, essencialmente, o aumento do prémio do risco do país», realçou à agência Lusa João Baluarte, director geral da Brand Finance em Portugal, que efectuou esta análise. A descida «acompanha de perto a evolução da capitalização bolsista» dos bancos portugueses cotados.

CGD é a mais valiosa

O estudo da consultora Global Banking 500, que avalia o valor da marca das 500 instituições bancárias mais valiosas do mundo, coloca a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como a 155.º marca bancária do mundo e a mais valiosa entre os bancos portugueses, com um valor de 967 milhões de euros.

De qualquer modo, a CGD perde mais de 50 posições na tabela, tal como o segundo classificado em termos nacionais, o Banco Comercial Português (BCP), que ocupa o 198.º posto com uma marca avaliada em 673 milhões de euros.

«A liderança da CGD em termos nacionais prende-se com a sua dimensão e com a capacidade que tem de gerar receitas».

BES contraria tendência

Em terceiro, surge BES, cuja marca vale 428 milhões de euros. Este é mesmo o único banco português que consegue melhorar a sua imagem no ranking, ganhando 10 posições para o 265.º lugar.

Uma subida em contra-ciclo em relação aos seus congéneres que é explicada «pelo aumento da contribuição da banca de investimento para o total das receitas», explicou João Baluarte, que admitiu que os negócios da Portugal Telecom no Brasil (venda de posição na Vivo e compra na Oi), assessorados pelo BES Investimento «foram uma das componentes» que pesou nesta avaliação.

BPI desilude

A marca do Banco BPI vale 259 milhões de euros, bem abaixo dos 388 milhões de euros resultantes da avaliação feita em 2010. O banco liderado por Fernando Ulrich fica assim no 365.º lugar; caiu mais de 100 posições face ao ano passado. É uma queda apenas igualada pelo Banif, que tem a sua marca avaliada em 174 milhões de euros, equivalentes ao 487.º posto.

«Não é um factor adicional de preocupação» para os bancos portugueses, considerou João Baluarte, que preferiu destacar as boas classificações das instituições nacionais no item relacionado com a «força da marca».

O que podemos esperar no próximo ano?

As expectativas para a banca nacional para o próximo ano são incertas: «Tudo vai depender do que for a noção de risco da economia portuguesa». Brand Finance admite que o cenário não é o mais famoso face às perspectivas de fraco crescimento económico.

«Muito dificilmente assistiremos a uma recuperação. O mais provável é que a tendência [de desvalorização] se mantenha».

A nível global, entre os 10 bancos com as marcas mais valiosas do mundo estão quatro norte-americanos (o Bank of America lidera com um valor superior a 30 mil milhões de euros), dois britânicos, um espanhol (o Banco Santander, que opera em Portugal através do Santander Totta, e que apresenta um valor acima dos 19 mil milhões de euros), um brasileiro (Bradesco) e dois chineses.
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