Mexia: «Nomeações na EDP são responsabilidade dos accionistas» - TVI

Mexia: «Nomeações na EDP são responsabilidade dos accionistas»

CEO da EDP diz que foram «os accionistas privados a fazer as listas», depois de Seguro ter falado «em clientelas» do PSD na nova equipa da eléctrica

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António Mexia reagiu esta segunda-feira à escolha dos nomes para o Conselho Geral de Supervisão da empresa e garantiu que tal decisão «diz respeito exclusivamente aos accionistas», recusando-se a comentar as acusações do líder socialista, António José Seguro.

O secretário-geral do PS disse, no domingo, que os nomes propostos para a nova gestão da eléctrica portuguesa demonstram « apropriação por parte das clientelas dos partidos do Governo em relação a áreas importantes da nossa economia, onde o Estado ainda tem participação mas também do próprio aparelho do Estado».

António Mexia frisou, citado pela Lusa, que «os accionistas privados, nacionais e internacionais, fizeram as listas», sendo «uma responsabilidade exclusiva de quem hoje tem o capital da EDP».

O líder do PS afirmou, no domingo, à margem de uma visita ao presépio vivo de Priscos, em Braga, que as nomeações propostas para a EDP demonstram «mais uma promessa» de Pedro passos Coelho que «não está a ser comprida».

Seguro referia-se à promessa feira durante a campanha eleitoral pelo agora primeiro-ministro de «pôr um travão» a este tipo de nomeações.

António José Seguro afirmou ter ficado «muito surpreendido» com as escolhas para ocupar o Conselho de Supervisão da EDP e, realçando que não fazia «nenhuma referência a nomes», apontou como «facto» ser «evidente a identificação» dos nomes vindos a público com os «dois partidos do Governo».

Eduardo Catroga, Celeste Cardona Paulo Teixeira Pinto, Rocha Vieira, Braga de Macedo e Ilídio Pinho são alguns dos nomes propostos à Assembleia-geral de accionistas, para integrar a nova gestão da EDP, segundo um comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

António Mexia disse entretanto que o novo plano de negócios da empresa ficará fechado até ao final de Junho, logo que sejam eleitos os novos órgãos sociais na assembleia geral marcada para 20 de Fevereiro.

«Obviamente ainda até ao final do primeiro semestre faremos aquilo que estávamos a pensar fazer em Novembro», justificou António Mexia aos jornalistas, à margem da apresentação de uma parceria com o Continente.

António Mexia, que será o presidente executivo da empresa durante o triénio 2012-2014 caso os accionistas votem favoravelmente o seu nome para o cargo na reunião magna, terá de apresentar a sua estratégia até 2014 aos accionistas e ao público em geral.
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