Microcrédito: vem aí novas regras - TVI

Microcrédito: vem aí novas regras

Agência Financeira

Apoios alargados a projetos de microempresas, cooperativas ou instituições sociais que empreguem até nove trabalhadores

O Governo vai alterar as regras de acesso aos programas de microcrédito, alargando os apoios a projetos de microempresas, cooperativas ou instituições sociais que empreguem até nove trabalhadores, anunciou o ministro Pedro Mota Soares, citado pela Lusa.

O ministro da Solidariedade e Segurança Social visitou esta quarta-feira um projeto em Lisboa apoiado pelo programa Microinvest, e aproveitou a ocasião para sublinhar a importância que o Governo atribui aos programas de microcrédito (através das linhas de apoio Microinvest e Invest+) que tem por objetivo a «ajuda a muitas pessoas que hoje estão fora do mercado de trabalho».

«Sabemos que hoje o desemprego é o maior problema que o país tem e, nesse sentido, combater o desemprego é a maior preocupação do Governo. É muito importante, numa altura de enormes dificuldades, mostrarmos também casos de sucesso», disse Mota Soares, justificando desta forma a presença no evento do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, e de António Tomás Correia, presidente do Banco Montepio Geral, uma das várias entidades bancárias envolvidas nas linhas de apoio Microinvest e Invest+.

O Governo estima que as linhas de apoio Invest+ e Microinvest permitiram criar até agora 2600 postos de trabalho, resultantes de «mais de mil projetos apoiados».

«É importante visitar estes projetos, acreditar nestes empreendedores, e fazer tudo para que de uma ideia venham a surgir postos de trabalho. São cerca de 2600 postos de trabalho que foram já criados em todo o país. Temos que continuar a agilizar para ser cada vez mais fácil poder aceder a projetos de microcrédito e tornarmos boas ideias em empresas de sucesso», afirmou o ministro.

«Neste momento, há já cerca de trinta milhões de euros em microcréditos concedidos», acrescentou o governante, sendo que as duas linhas de apoio contam com mais 15 milhões de euros para projetos em 2013.

«Isto funciona quando temos a capacidade de estabelecer parcerias e de agregar muitos agentes para ajudarem nos projetos, afirmou também Mota Soares, antes de fazer ¿um elogio muito merecido às instituições envolvidas, como são o caso da Santa Casa da Misericórdia, com um conjunto de gestores de proximidade» ou o Montepio, entre outras entidades bancárias.

As linhas de crédito Microinvest e Invest+ funcionam no âmbito dos programas de apoio ao empreendedorismo e à criação do próprio emprego e foram objeto de protocolos assinados entre várias entidades bancárias, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), as Sociedades de Garantia Mútua (SGM) e Sociedade de Investimento (SPGM).

As duas linhas de crédito têm como objetivo a promoção da criação de empresas, mediante o acesso ao crédito bancário em condições favoráveis por parte de desempregados e, a partir de agora, por microempresas, cooperativas ou instituições sociais até um limite de nove trabalhadores.

Os microcréditos beneficiam de prazos alargados de pagamento, em algumas instituições, até 84 meses, com 24 de carência, e de uma taxa de juro bonificada, Euribor 30 dias + 0,25%, com mínimo de 1,5% e máximo de 3,5%.

A linha Microinvest destina-se a financiamentos até 20 mil euros, com garantia SGM de 100%; e a linha Invest+ é destinada a apoiar projetos entre 20 mil e 100 mil euros, com garantia SGM de 75% e limite de financiamento a 95% do investimento global, que não pode ultrapassar os 200 mil euros.
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