Montepio integra Finibanco, despedimentos excluídos

O Montepio deverá integrar o Finibanco no primeiro semestre de 2011, com os empregos dos funcionários assegurados, disse esta segunda-feira o presidente do banco mutualista.

O Montepio comprou hoje o Finibanco na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA), tendo conseguido 99,63% do capital social.

«Não extinguimos postos de trabalho. O lucro é importante, mas preocupamo-nos com as pessoas», disse António Tomás Correia, citado pela Lusa, após a sessão especial na Euronext Lisboa.

O banqueiro disse ainda que espera que «no primeiro semestre de 2011» esteja concluída a integração das actividades do Finibanco no Montepio, com excepção de Angola, onde a marca Finibanco vai permanecer, por ser já «conhecida e estimada».

Nesta OPA, o Montepio pagou por cada acção 1,95 euros, tendo gasto na operção mais de 335,6 milhões de euros, que terá de liquidar até 2 de Dezembro.

Montepio não concorre à privatização do BPN

Quanto ao concurso da privatização do Banco Português de Negócios (BPN), que termina na terça-feira, António Tomás Correia afastou a participação do Montepio, mas admitiu conversações com o Governo.

«O Montepio não vai apresentar uma proposta sobre o BPN, as condições do caderno de encargos não são susceptíveis de fazer uma proposta», disse o presidente do banco.

Na terça-feira termina o prazo para apresentação de propostas para a privatização do BPN.

Já questionado sobre se está disponível para dialogar, posteriormente, com o Executivo caso neste concurso não aparecesse nenhuma proposta, António Tomás Correia manifestou o seu interesse: «Estamos interessados».