Moody's corta rating do BCP e do Banif - TVI

Moody's corta rating do BCP e do Banif

Casa de notação financeira classifica estes bancos como «altamente especulativos». CGD também entra no rol

A Moody's reviu esta terça-feira em baixa os rating de dois bancos portugueses: BCP e Banif. Também a Caixa Geral de Depósitos foi alvo de um aviso por parte da agência de notação financeira. As três instituições estão já vários níveis abaixo do patamar de «lixo». BCP e Banif encontram-se mesmo no grau de «altamente especulativos».

O rating do BCP sofreu uma queda de um nível para B1, estando a quatro lugares abaixo de «lixo». A casa de notação financeira ainda colocou a nota do BCP em perspetiva negativa, deixando a porta aberta para novos cortes nos próximos meses.

Já no caso da nota da dívida do Banif, a Moody's desceu também um nível, mas neste caso para B2, um lugar abaixo do rating do BCP, admitindo ainda uma revisão «incerta» no futuro.

O rating da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é o que se encontra em melhor posição dos três bancos aqui assinalados: manteve a notação, em Ba3, três níveis abaixo de «lixo» e mesmo na fronteira com a classificação «altamente especulativo». A Moody's admite ainda revisões em baixa nos próximos meses, mantendo, por isso, o «outlook negativo».

A casa de rating justifica estes cortes com os «elevados custos» e «aumento de ativos não lucrativos» que os três bancos acumularam durante o ano, de acordo com o relatório divulgado pela Reuters.

No caso do BCP, a Moody's aponta o dedo à necessidade do banco atingir um rácio core tier 1 de 9%, enquanto que «em setembro de 2012 tinha rácios de 11,9% (de acordo com o Banco de Portugal) e de 9,4% (segundo a definição da EBA)».

A perspetiva negativa atribuída ao rating do BCP está, ainda relacionada com a sua «vulnerabilidade» perante a situação económica do país.

Já sobre o Banif, a Moody's exige um «registo final» da reestruturação do banco e «esclarecimentos sobre o seu plano de recapitalização».

Por último, a agência de rating aponta o dedo à exposição «significativa» que a CGD tem perante o «negativo cenário macroeconómico do país».
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