O Grupo Mota-Engil assinou um «entendimento» com o Governo angolano para definir os moldes de pagamento da dívida deste país à empresa. O acordo foi assinado na semana passada, mas a informação foi revelada apenas esta terça-feira pelo presidente da comissão executiva da construtora.
Jorge Coelho recusou-se a especificar os moldes desse contrato, referindo apenas que ele mereceu a concordância da empresa.
«Se nós o assinamos é porque estamos de acordo com ele», disse o executivo, citado pela Lusa, recordando que a empresa «nunca fez qualquer referência pública» sobre as dívidas de Angola nos 64 anos em que está no país.
Jorge Coelho falava à margem da inauguração da Novicer, fábrica de cerâmicas do Mota-Engil Angola, no município de Cacuaco, arredores de Luanda.
O responsável sublinhou que, em Angola, «é preciso ter músculo financeiro, paciência e escolher os parceiros certos».
O capital da Mota-Engil Angola é constituído em 51 por cento pela empresa mãe portuguesa e em 49 por cento pela Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol).
Jorge Coelho dissuadiu as empresas portuguesas com dificuldades financeiras a escolherem Angola como tábua de salvação.
«É preciso uma estratégia de, pelo menos, médio e longo prazo para trabalhar neste país», frisou, acrescentando que «não há possibilidade de ter êxito com estratégias de curto prazo».
Mota-Engil chega a acordo com Angola para pagar dívidas
- Redação
- RL
- 20 jul 2010, 11:03
Capital da Mota-Engil Angola é constituído em 51% pela empresa mãe e em 49% pela Sonangol
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