As empresas multinacionais que operam na China estão a dar menos importância à segunda maior economia do mundo.
Segundo uma sondagem publicada esta quarta-feira, quase metade das 238 empresas que fizeram parte deste inquérito conduzido pela Economist Intelligent Unit (EIU) afirmaram que tinham altas expectativas para a China, após a crise financeira de 2008/09, com 17% a esperar chegar que fosse o mercado principal, no espaço de 5 anos.
Mas aqueles que viram a China como «fundamental para a estratégia global» caíram agora para 37%, dos 53% em inquérito similar, em 2004.
«Penso que isto representa alguma cautela», disse Laurel West, directora do departamento da EIU para a Ásia. Em conferência de imprensa, West diz ler esta sondagem como uma reflexão das empresas sobre outros mercados emergentes, como o Brasil, Índia, Indonésia e Vietname, assim como algumas preocupações relativas às políticas governamentais chinesas.
Quase metade dos inquiridos mostraram relutância em abdicar da Propriedade Intelectual em troca do acesso ao mercado chinês, enquanto 46% afirmou que a regulação terá um impacto muito significativo na estratégia para os próximos cinco anos.
O inquérito foi conduzido entre Junho e Julho, em multinacionais baseadas na Europa, América do Norte e Ásia.
A China tem sido repetidamente criticada pelas violações dos direitos de Propriedade Intelectual, com as autoridades a fecharem os olhos a falsificações de relógios, malas, computadores e softwares de marcas de luxo.
Multinacionais dão menos importância à China
- Redação
- 7 dez 2011, 11:44
Empresas analisam novos mercados emergentes e criticam políticas governamentais chinesas
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