Nacionalizar o BPN foi a melhor solução, já que «não havia alternativas viáveis». Além disso, adiar esta decisão para 2009, também não era «oportuno», uma vez que decorria a comissão de inquérito ao caso. As palavras são do ministro das Finanças na comissão de Orçamento e Finanças, que decorre esta terça-feira, no Parlamento.
Além disso, «atravessávamos uma crise financeira profunda e em terceiro lugar porque só depois do trabalho de diagnóstico e de preparação dos activos para serem parqueados é que se poderia avançar com um estudo para identificar o melhor modelo para a privatização», explicou Teixeira dos Santos.
Então, «porque a Caixa Geral de Depósitos não incorporou o banco em 2008?», questionou o deputado comunista Honório Novo.
«Com a crise 2008/2009, a Caixa foi chamada a apoiar a economia nacional. Ao mesmo tempo, foi aconselhada a apostar e ter uma presença mais efectiva nas PME, sem recurso aos activos do BPN», começou a explicar Teixeira dos Santos.
«Ora, neste momento essa questão já não se coloca, porque a vida continua e essa questão já não tem pertinência», concluiu o ministro.
Última nota, para os custos da nacionalização do BPN que «não são ignorados, mas que serão bem menores do que aqueles inerentes à alternativa que iria criar uma crise sistémica» no sector bancário nacional.
Nacionalizar o BPN em 2009 «não era oportuno»
- Ana Rita Leça
- 11 jan 2011, 16:29
Teixeira dos Santos explica escolhas sobre o futuro do Banco Português de Negócios
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