Negócio das telecomunicações vai voltar a cair este ano - TVI

Negócio das telecomunicações vai voltar a cair este ano

Mário Vaz é novo CEO da Vodafone

É o que antecipa o presidente executivo da Vodafone Portugal

As receitas dos negócios das comunicações móveis e fixas vão cair até final do ano em Portugal, de acordo com as estimativas divulgadas esta quinta-feira pelo presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz.

Segundo a apresentação do responsável no 22.º Congresso das Comunicações, até final deste ano, as receitas no mercado português do «segmento móvel vão cair 7,5% e do fixo à volta de 3%». Estes dados indicam, portanto, que «o mercado de telecomunicações volte a cair este ano», cita a Lusa.

Apesar destas estimativas e da evolução negativa da economia portuguesa, Mário Vaz afirmou que a Vodafone quer continuar a «investir» em Portugal.

No entanto, brincou, esta é uma tarefa que exige persistência: «Os acionistas [da Vodafone] quando abrem o Financial Times e veem o que se passa em Portugal, ficam da cor do próprio Financial Times».

Mário Vaz disse especificamente que quer aumentar os centros de competência da Vodafone em Portugal, onde já existem dois: «Queremos trazer para cá centros de competência. Estamos a disputar com outros países novas oportunidades».

«Não há concorrência sem a Optimus»

No mesmo congresso, o presidente executivo da Optimus, Miguel Almeida, disse que sem a sua operadora não há concorrência nas comunicações móveis em Portugal.

«Defendemos que a Optimus é um enorme ativo para Portugal, o pilar do dinamismo e inovação do setor, sem a Optimus não há concorrência no setor móvel em Portugal».

O presidente executivo da Optimus adiantou que segundo estudos, cerca de 86% das comunicações móveis em Portugal são feitas entre a mesma rede e que apenas 13% são para outros operadores.

Isso leva «ao fecho sobre si próprias das redes», apontou, uma situação que não existe em outros países da Europa.

No início da sua intervenção, o presidente executivo da PT, Zeinal Bava não deixou de comentar as declarações do líder da Optimus.

«Figuei surpreendido que Miguel Almeida que se queixe da quota de 86%», quando a Sonae já tentou comprar a PT, comentou.

Zon: não ter oferta móvel completa é handicap

O presidente executivo da Zon, Rodrigo Costa, afirmou por sua vez que o facto de a sua operadora não ter uma oferta do negócio móvel «completo é um handicap», mas nada que «hipoteque o presente e o futuro» da empresa.

«Nas condições atuais», o concurso para o LTE (quarta geração móvel) «era impossível criar um negócio naqueles termos». «Temos pena», concluiu.

A Zon opera no segmento móvel como operador virtual (MVNO), através da rede da Vodafone.
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