Novo processo de privatização da TAP terá modelo diferente - TVI

Novo processo de privatização da TAP terá modelo diferente

TAP

Governo admite vender companhia «em peças»

O Governo desistiu de privatizar a TAP com o modelo atualmente desenhado. Quando relançar o processo, o que acontecerá até 2014, será com um novo modelo, já que o anterior, falhou. Os cenários estão todos em aberto mas o mais provável é que o executivo opte por vender a empresa «por peças», ou seja, vender os negócios em separado.

Segundo apurou a Agência Financeira, o Governo já decidiu não repetir o modelo testado na primeira tentativa de privatização, já que este falhou (apenas surgiu um interessado e este não conseguiu cumprir os requisitos necessários).

Sem que esteja ainda definido um novo modelo, a Agência Financeira sabe que aquele que recolhe para já a inclinação do Governo é a venda de negócios da TAP em separado, ou seja, vender apenas a companhia aérea, ou vender primeiro o negócio do Brasil, ou a posição na Groundforce, por exemplo.

Com a anulação do processo de privatização, pode ser restabelecida a relação normal da TA com a banca, o que significa que será reposta a possibilidade de recurso a financiamento bancário. Assim,não deverá ser necessário que a Parpública, empresa que gere as participações empresariais do Estado, volte a financiar a tesouraria da transportadora aérea.

O cancelamento da operação também não representa qualquer ameaça à meta de encaixe para o Estado no que toca a privatizações, já que a parcela da oferta que iria entrar nos cofres públicos ficava-se pelos 20 milhões de euros.

O Governo não tem dúvidas de que o caminho é privatizar a empresa e deverá avançar com o novo processo até 2014, anunciou a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, esta quinta-feira. Foi nesta reunião que o Governo optou por recusar a oferta de Gérman Efromovich, o único empresário na corrida à privatização.

Para Efromovich, o negócio está «morto», mas o investidor admite voltar a ser interessado num novo processo de privatização da TAP.

A Agência Financeira sabe ainda que a permanência de Fernando Pinto à frente da TAP se mantém também em aberto, apesar de o seu mandato ter já terminado há um ano. O presidente executivo poderá ser reconduzido no cargo para mais um mandato, ou manter-se sem a renovação do mesmo.
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