ONI negoceia com TMN, Vodafone e Optimus para entrar no móvel - TVI

ONI negoceia com TMN, Vodafone e Optimus para entrar no móvel

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Empresa quer «completar a oferta fixa com a do móvel sempre no mercado empresarial»

A ONI está em conversações com os operadores TMN, Vodafone e Optimus para fazer uma parceria que permita àquela operadora disponibilizar uma oferta no segmento móvel, disse à agência Lusa o presidente executivo da operadora, Pedro Morais Leitão.

«Queremos fazer parcerias e estamos em conversas com os três operadores móveis para podermos completar a oferta fixa com a do móvel sempre no mercado empresarial», disse em entrevista à Lusa Pedro Morais Leitão, adiantando que essa parceria poderá avançar ainda este ano, quando houver um cliente.

O presidente executivo da ONI disse que as negociações estão a decorrer «de forma positiva», destacando que «há mais vontade de pelo menos dois» operadores, sem querer adiantar quais.

Além desta, a ONI também quer criar parcerias com empresas de tecnologias de informação para o desenvolvimento da oferta de serviços cloud, como a Novabase, a Glintt e a Roff, tendo já efetuado com esta última uma parceria pontual na Argélia, e a nível internacional, nomeadamente com parceiros locais no Brasil, Angola e Moçambique.

Com a Portugal Telecom, a ONI também pretende desenvolver uma parceria, em que o seu papel seria o de revendedor de valor acrescentado dos serviços de cloud disponibilizados pelo data center daquela operadora na Covilhã.

A oferta cloud consiste no armazenamento de dados na Internet, independentemente do local e do equipamento a partir do qual é feito o acesso, funcionando, na prática, como um disco rígido virtual portátil.

A criação de parcerias é um dos três pilares em que assenta a estratégia da ONI até julho de 2015, altura em termina o mandato atual, a par do desenvolvimento de uma oferta diversificada de 'cloud' e da eficiência de custos da operadora.

«Queremos desenvolver serviços informáticos na área das tecnologias de informação, vamos avançar no número e profundidade de serviços. Parece fazer sentido ter mais serviços na cloud».

Quanto à eficiência de custos, a ONI pretende reduzir o número de trabalhadores em 20%, correspondentes a 80 pessoas, num processo iniciado em julho e que tem sido efetuado através de rescisões amigáveis, resultando das circunstâncias económicas e da necessidade de adaptar a estrutura da empresa à evolução das receitas.

«As receitas do mercado como um todo estão a cair cerca de 9 ou 10% e é natural que continuem a cair no segmento empresarial», disse o presidente executivo da ONI, operadora que registou, mesmo assim, no ano fiscal terminado em junho, um aumento das receitas em 3%, para 118 milhões de euros.

Este aumento foi justificado pelo responsável com a subida das receitas dos grandes clientes e a entrada da ONI no ministério da Saúde.

Questionado sobre a possibilidade de a operadora poder vir a fornecer mais serviços à administração pública, Pedro Morais Leitão afirmou: «A ONI está curiosa e expectante. Achamos que na linha da frente não há muitos serviços que não estejam a ser geridos pela Portugal Telecom, mas abri-los ao mercado poderia ser aproveitado pelos operadores».

A gestão eficiente dos custos passa também por «investimentos certos», nomeadamente na rede.

«Estamos a fazer um investimento na EFM [Ethernet Fist Mile], uma tecnologia que já existe, mas que permite aumentar a largura de banda e servir os clientes a um custo mais baixo», disse Pedro Morais Leitão, admitindo, por isso, uma redução nos preços.

O responsável defendeu ainda que deve haver regulação na área das tecnologias de informação, sobretudo num momento em que prevê a compra de pequenas empresas daquele setor por operadores de telecomunicações.
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