OPA: administração da Cimpor não recomenda venda à Camargo - TVI

OPA: administração da Cimpor não recomenda venda à Camargo

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Mas também não desaconselha

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A administração da Cimpor considera que o preço oferecido pela brasileira Camargo Corrêa, através da InterCement, é muito baixo e que falta informação detalhada sobre o futuro da empresa, pelo que não recomenda nem a venda nem a manutenção do investimento.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o conselho de administração da cimenteira portuguesa diz, dirigindo-se aos acionistas, que «não está em posição de recomendar nem a venda nem a manutenção do investimento na empresa».

A primeira razão evocada pela administração da Cimpor é o baixo preço da oferta pública de aquisição (OPA) da InterCement, que lançou a 30 de março uma OPA sobre a totalidade do capital da cimenteira portuguesa, oferecendo 5,50 euros por ação.

Para o conselho de administração da Cimpor, o preço oferecido «não reconhece o valor superior da Cimpor» e «não reflete uma mudança adequada no prémio de controlo», escreve a Lusa.

A segunda razão apontada pela administração da Cimpor prende-se com a estratégica de futuro que a oferente pretende seguir: «Apesar de o projeto de negócios para a Cimpor parecer atrativo, a estratégia de futuro para continuar a atividade seguida com sucesso ao longo dos anos pela empresa é apenas levemente esboçada nos documentos da oferta», considera o conselho de administração.

Entre as questões que a administração da Cimpor pretende ver respondidas estão o impacto da oferta nas condições de trabalho dos seus trabalhadores, bem como quais as políticas financeiras que a oferente pretende implementar.

Destacando que a Cimpor tem sido ultimamente controlada por um grupo familiar, a administração manifestou ainda preocupações sobre que salvaguardas de governo societário estão previstas para proteger os acionistas minoritários.

Pelas razões expostas, a administração não está em posição de recomendar os acionistas a vender as suas ações, porque o preço é baixo e subavalia significativamente a Cimpor, e, na ausência de informação adequada sobre o futuro da Cimpor após a OPA, a administração também não pode recomendar aos acionistas que mantenham o seu investimento na Cimpor», conclui a nota.
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