«Passageiros de aviões deviam ter menos direitos» - TVI

«Passageiros de aviões deviam ter menos direitos»

Piloto (Reuters)

Concorda? Quem o defende é o presidente da Associação Europeia das Companhias Aéreas Regionais

Os passageiros dos aviões deviam ter menos direitos. Um apelo neste sentido foi feito esta quarta-feira pelo presidente da Associação Europeia das Companhias Aéreas Regionais (ERA), que defende a alteração dos direitos dos passageiros, afirmando que a atual legislação «pode ser incapacitante» para estas companhias aéreas.

«Nenhum outro meio de transporte tem estas regras» que permitem «dar um número ilimitado de benefícios aos passageiros», disse Marc Lamidey, em conferência de imprensa, realizada no âmbito da conferência anual da ERA, a decorrer até quinta-feira no Porto.

Segundo o responsável, apesar de populares, os direitos dos passageiros deveriam ser revistos de uma forma mais racional.

«Nenhum desses direitos surge sem custos adicionais para a esmagadora maioria dos passageiros», salientou, citado pela Lusa. E admitiu que «encontrar um meio-termo» não será fácil, mas alguns deles «devem ser eliminados, por serem ridículos».

No seu entender, uma companhia aérea não pode ser obrigada a pagar hotel e refeições a passageiros quando, por exemplo, um voo é cancelado devido à erupção de um vulcão ou mau tempo.

«Não me venham dizer que a nossa indústria não se preocupa com os passageiros». Na aviação é possível ver «um menor a viajar sozinho do Norte da Escócia ao Sul da Nigéria», recebendo acompanhamento, exemplificou.

O presidente da ERA defendeu ainda que as companhias aéreas regionais «estão particularmente vulneráveis a taxas adicionais».

Para Marc Lamidey, os responsáveis políticos europeus deveriam ser mais sensíveis, olhando para os benefícios sociais e económicos que os serviços aéreos regionais prestam.

«Estas companhias aéreas são a chave para o desenvolvimento das regiões». O responsável defendeu ainda o acesso a aeroportos principais «porque é isso que os passageiros querem».

Marc Lamidey disse ainda desejar «manter uma relação tão próxima quanto possível» com a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu para que a ERA seja ouvida em questões de alteração de legislação.

A Portugália, que foi integrada na TAP, e a SATA fazem parte da lista de mais de 65 companhias aéreas associadas da ERA.
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