Por barco, carris ou por terra? Greve atrapalha trânsito - TVI

Por barco, carris ou por terra? Greve atrapalha trânsito

Greve CP

IC19 congestionado mais cedo e passageiros à espera de comboio. Ligações fluviais reestabelecidas às 9h

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O tráfego automóvel no Itinerário Complementar 19 (IC19), entre Sintra e Lisboa, ficou congestionado mais cedo do que o habitual devido à greve dos transportes públicos numa zona particularmente dependente das ligações ferroviárias.

Nas estações de comboios, os passageiros esperavam mais de 50 minutos e cenário semelhante verificava-se na estrada. Às 7h15, a circulação no sentido Sintra - Lisboa, já estava no tradicional «para arranca» na zona do nó de Rio de Mouro, a 18 quilómetros de Lisboa.

Alguns condutores explicaram à Lusa que a greve a decorrer esta terça-feira em várias empresas de transportes os obrigaram a sair de casa mais cedo que o habitual, com receio de chegarem atrasados aos seus postos de trabalho.

«Por causa da greve muitas das pessoas que iam de comboio para Lisboa devem estar a ir de carro e por isso o melhor é mesmo sair de casa mais cedo para ver se não chego atrasada ao trabalho», disse à Lusa Ana Rodrigues, moradora em Rio de Mouro. A condutora explicou que costuma sair de casa às 8h e não costuma enfrentar grandes problemas de circulação mas hoje estava preparada para «estar parada muito tempo» no IC19.

Ligações fluviais reestabelecidas às 9h

As ligações fluviais entre os concelhos da margem Sul do Tejo e Lisboa começaram a ser restabelecidas poucos minutos depois das 9h, sendo que os serviços mínimos na ligação Barreiro/Lisboa não foram cumpridos. Durante o período de greve nas empresas Transtejo e Soflusa, responsáveis pelas ligações fluviais no rio Tejo, na área da Grande Lisboa, foram cumpridos quase todos os serviços mínimos, disse à Lusa fonte sindical.

«Está tudo restabelecido e o balanço da greve é muito positivo. Foram efetuadas as carreiras dos serviços mínimos que estavam previstas, com excepção do Barreiro, onde três dessas carreiras não foram efectuadas pois o maquinista e o mestre estavam doentes», disse à Lusa Albano Rita, do Sindicato dos Fluviais.

O sindicalista refere que a adesão à greve é de «quase 100 por cento». «Digo quase 100 por cento porque houve algumas ligações, as tais previstas de serviços mínimos».

Comboios suprimidos ou com atrasos de quase uma hora

A azáfama que diariamente se faz sentir na estação ferroviária de S. Bento, no Porto, era hoje quase nula, com a maioria dos comboios estacionados nas linhas e poucas dezenas de pessoas na gare na esperança de conseguir embarcar.

O painel eletrónico deixava claro que a circulação estava «fortemente perturbada», na sequência da greve na CP, e os placares informativos sobre partidas e chegadas reforçavam essa informação, com vários comboios suprimidos e os restantes com atrasos que atingiam os 47 minutos.

Os maquinistas da CP cumprem o segundo dia de uma greve de três, decretada pelo SMAQ, a que se juntaram hoje outros profissionais do sector ferroviário e de outros transportes públicos, numa paralisação de 24 horas, que teve início às 00h00.
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