Presidente do Santander investigado por fraude fiscal - TVI

Presidente do Santander investigado por fraude fiscal

Bancos

Emilio Botín e membros da sua família alvo de inquérito. Fraude pode ser superior a 120 mil euros

A Audiência Nacional, a mais alta instância judiciária espanhola, anunciou esta quinta-feira a abertura de um inquérito para investigar suspeitas de fraude fiscal que envolvem o presidente do banco Santander, Emilio Botín, e membros da sua família.

O inquérito diz respeito ao presidente do maior banco da Zona Euro, os seus cinco filhos (entre os quais a filha, Ana Patricia Botín, directora geral da sucursal britânica do grupo) e o seu irmão, Jaime Botín (que é também suspeito de falsificação de documentos), bem como os seus cinco filhos.

«Os factos denunciados remontam a 24 de maio de 2010» e a fraude pode ser «superior a 120 mil euros», adianta a Audiência Nacional num comunicado citado pela Lusa.

As autoridades fiscais francesas entregaram às suas congéneres espanholas uma lista de clientes do banco HSBC Private Bank Suisse, entre os quais as pessoas denunciadas, com fundos nas contas deste banco suíço que não foram descritos nas declarações fiscais entre 2005 e 2009.

Botín diz que regularizou tudo

Em reacção, um porta-voz da família garantiu à Lusa que o presidente do banco e a sua família realizaram «a regularização voluntária e completa» das suas obrigações fiscais.

A família Botín «está ao corrente de todas as suas obrigações fiscais e espera que, muito rapidamente, todo este assunto seja satisfatoriamente aclarado em sede judicial».

Contactados pelas autoridades espanholas, Emilio Botín, o seu irmão e os respectivos filhos apresentaram documentos relativos a este período, mas a administração dos impostos considerou que era «incapaz de determinar se as regularizações efectuadas estavam completas e eram verídicas», o que desencadeou este inquérito.

Caso se comprove que as regularizações estão completas e são verídicas não haverá lugar a sanções.

Emilio Botín, de 76 anos, é a décima pessoa mais rica de Espanha, com uma fortuna estimada em 1,5 mil milhões de euros, segundo a revista Forbes.

O Governo espanhol recuperou, no passado mês de Outubro, 260 milhões de euros, graças a regularizações voluntárias efectuadas pelos titulares espanhóis de contas do HSBC, na Suíça, que tinham sido escondidas do fisco.

[Notícia actualizada com reacção do banqueiro]
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