Produção da Autoeuropa dispara 53% até Junho

A produção da Autoeuropa disparou 53% no primeiro semestre deste ano. Depois de ter produzido 101.284 unidades no ano passado, a empresa traçou como meta para 2011 as 134 mil unidades, mas até Junho saíram das linhas de montagem de Palmela 89.351 automóveis, anunciou em conferência de imprensa.

«Este ano esperamos que seja o melhor dos últimos cinco ou seis anos, com uma subida bastante substancial da produção», afirmou o director-geral da fábrica, António de Melo Pires. O volume de vendas cresceu 59,5%.

Dos mais de 89 mil carros montados na Autoeuropa, mais de 31 mil são Volkswagen Sharan, quase 10.900 Seat Alhambra, quase 16.700 Eos e mais de 29.600 Scirocco.

Praticamente 98,8% da produção da fábrica tem como destino a exportação, já que apenas 1,2% da produção fica no mercado interno. Mais de 30% do que sai da Autoeuropa ruma à Alemanha, 11,8% ao Reino Unido, 7,7% aos EUA e 7,2% à China. O gigante asiático, que ainda há dois anos era o sexto mercado, subiu duas posições e ameaça mesmo ultrapassar os EUA, sublinhou António de Melo Pires.

Quanto à possibilidade de angariar um novo modelo para produzir, a fábrica de Palmela «não tem necessidade nenhuma de um quinto modelo para se rentabilizar. Está a produzir 625 automóveis por dia, com dois turnos de trabalho na sua capacidade máxima», explicou. Para justificar um terceiro turno, seria necessário um aumento considerável de encomendas (33%), o que não se perspectiva. A empresa ajusta a produção consoante as necessidades e, actualmente, o trabalho aos sábados cobre as eventualidades.

A Autoeuropa tem apostado cada vez mais nos fornecedores portugueses. Nos primeiros seis meses deste ano, a fábrica adquiriu 477 milhões de euros em produtos e serviços dentro do Portugal, o que representa já 60% do total.

Grupo Volkswagen cresce 25,8%

O Grupo Volkswagen, a que pertence a Autoeuropa, teve um volume de vendas de 77.767 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, mais 25,8% que no homólogo de 2010. Também aqui, o mercado da Ásia Pacífico tem um peso cada vez maior nas vendas do grupo, representando 10.429 milhões de euros, mais 48,8% que no ano passado.

Os resultados depois de impostos do grupo ascenderam a 6.496 milhões de euros no primeiro semestre, face aos 1.824 milhões registados na primeira metade do ano passado.

No mesmo encontro com os jornalistas, a empresa defendeu a importância de uma ligação ferroviária directa ao Norte da Europa, fundamental para a competitividade das empresas portuguesas, e ainda da assiduidade. Na fábrica, a taxa é de 98,8%, mas na média do país, e até da indústria, é bem inferior. Segundo o director de recursos humanos da empresa, uma melhoria de 1% na taxa nacional equivale a 40 mil pessoas ou 10 Autoeuropas.