Quantos cartões de serviços móveis há por aí? - TVI

Quantos cartões de serviços móveis há por aí?

telemóvel

Superaram os 16 milhões de euros entre Julho e Setembro

Seja para que possamos estar ligados ao mundo através do telemóvel, seja para termos acesso à Internet, os cartões que permitem ter acesso a serviços de telecomunicações móveis multiplicam-se a grande velocidade.

Estes cartões, associados a vários planos tarifários, atingiram os 16,63 milhões em Portugal no terceiro trimestre. É uma subida de 1,9% em relação aos três meses anteriores, segundo a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom).

O regulador adianta, em comunicado, que, do total de cerca de 13,34 milhões das estações móveis , ou seja 80,2%, foram «efectivamente utilizadas no último mês do trimestre, mais 1,5%do que no trimestre anterior», cita a Lusa.

Excluindo as placas/modem utilizadas para acesso à Internet em banda larga móvel, o número de estações móveis/equipamentos de utilizador activos e com utilização efectiva atingiu cerca de 12,2 milhões, mais 239 mil do que no trimestre anterior.

Os planos pré-pagos (de carregamento) representavam 71,7% das estações móveis e mais de metade dos consumidores que preferem estes tarifários são, em média, jovens. Com excepção dos planos combinados/híbridos com utilização efectiva, todos os restantes planos registaram aumentos face ao trimestre anterior, em particular os pré-pagos.

Em Setembro, a penetração do serviço móvel ascendeu a 156,3 por 100 habitantes, mas caso se considerassem apenas as estações móveis com utilização efectiva, a penetração em Portugal seria de 125,4.

O regulador refere que, segundo o barómetro de telecomunicações - redes móveis da Marktest para o trimestre em análise, 92% dos residentes em Portugal era cliente do serviço móvel.

«A diferença entre a penetração acima indicada e este valor deve-se a vários factores: existem utilizadores que dispõem de mais do que um cartão de acesso ao serviço, existem cartões SIM para utilização exclusiva de serviços de dados e acesso à Internet e outros afectos a máquinas, equipamentos, viaturas e empresas (por exemplo terminais de pagamento automático com recurso à rede móvel, equipamentos de alarme, segurança, telemetria e telemática, entre outros)».

Perfil dos consumidores

Ainda segundo o regulador, entre Julho e Setembro procedeu-se à identificação do perfil do consumidor do serviço telefónico móvel de acordo com o tipo de plano tarifário: pós-pago (assinatura), pré-pago com carregamentos obrigatórios e sem carregamentos obrigatórios.

Assim, concluiu-se que os consumidores de carregamentos obrigatórios são, em média, mais jovens que os restantes, e que os clientes com maiores níves de escolaridade têm maior propensão a ter tarifários pós-pagos.

«São sobretudo os clientes dos tarifários pré-pagos sem carregamentos que apresentam menores níveis de escolaridade». Os reformados representam a maior fatia nos tarifários por carregamento.

No que diz respeito ao consumo, o gasto mensal com o telemóvel tende «a ser significativamente menor nos clientes com tarifários pré-pagos», sendo que os clientes com os tarifários de carregamento, nomeadamente obrigatório, «tendem a enviar, em média, mais SMS» que os clientes do serviço por assinatura.

Já a utilização da Internet no telemóvel «tende a ser mais significativo junto dos clientes com tarifários pós-pagos, por comparação aos pré-pagos sem carregamentos obrigatórios».

Banda larga conquista 10,8 milhões

Também segundo a Anacom, o número de clientes que usavam Internet de banda larga em Setembro, em Portugal, ascendia a 10,8 milhões.

E o número de utilizadores activos e que utilizaram, de facto, os serviços característicos de terceira geração, cerca de quatro milhões, aumentou 2,4% no trimestre terminado nesse mês, face aos três anteriores.
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