O ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que tutela a comunicação social, afirmou esta terça-feira que a polémica à volta da quebra de audiências da RTP não vai prejudicar a privatização da empresa.
Miguel Relvas, que falava aos jornalistas à margem da conferência «A Crise, os Media e a Comunicação» na Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa, disse que a quebra de audiências da empresa estatal não influencia o processo de privatização, até porque «uma coisa não tem nada a ver com a outra, aí a bota não bate com a perdigota».
O ministro-adjunto, que se deparou com cartazes dos estudantes do Bloco de Esquerda na conferência dizendo «Pedro Rosa Mendes. Qual a próxima censura?», explicou que «as audiências não têm a ver com a alienação» porque o que o Estado vai vender «é uma licença e não o serviço», acrescentando que «quem adquirir essa licença pode seguir outro caminho, pode ter mais ou menos audiência».
Para Miguel Relvas, o serviço público «não é refém das audiências mas sim condicionado pela qualidade» e é essa «a exigência que se deve fazer a um orgão de comunicação social que é pago pelos impostos dos portugueses».
Além disso, o ministro fez questão de frisar que a empresa GFK, que mede as audiências televisivas, «tem credibilidade no mercado» e a RTP «tem é que continuar com o caminho seguido».
Quebra de audiências da RTP não prejudica privatização
- Redação
- LF
- 6 mar 2012, 13:08
«Uma coisa não tem nada a ver com a outra», diz Miguel Relvas
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