Relvas: «Marca RTP vai continuar pública» - TVI

Relvas: «Marca RTP vai continuar pública»

RTP

Processo de privatização estará concluído «até ao fim de 2012»

Quem comprar um dos canais da RTP vai comprar a licença, por isso «a marca continuará pública». A garantia foi dada esta quinta-feira pelo ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, em entrevista à «Antena 1».

Miguel Relvas reiterou que o processo de privatização da RTP estará concluído «até ao fim de 2012», mas escusou-se a indicar qual dos canais será privatizado. «Cada coisa a seu tempo», afirmou.

Os critérios de privatização serão definidos num caderno de encargos e «o processo de privatização será conduzido pelo Ministério das Finanças, eu estarei fora».

O ministro tentou dissipar dúvidas sobre a viabilidade ou a existência de interesse por parte de potenciais investidores, afirmando que as mesmas são até contraditórias com os receios levantados por aqueles que estão contra.

E entre estes encontra-se o número dois do CDS-PP, o segundo partido da coligação governamental, Nuno Melo, que afirmou que «a privatização da RTP terá que ser ponderada». «Estas matérias eu trato com o Dr. Paulo Portas», afirmou o ministro.

Miguel Relvas escusou-se ainda a comentar o caso que envolve as acusações de censura na Antena 1, levantadas na semana passado pelo agora ex-colaborador da estação, Pedro Rosa Mendes.

Na semana passada o jornalista Pedro Rosa Mendes acusou a administração da RTP do exercício da «mais pura censura» por ter decidido acabar o programa na Antena 1, «Este Tempo», que estava no ar há dois anos, em reacção a uma crónica em que Rosa Mendes lançou fortes críticas ao programa da RTP 1 Reencontro, emitido no dia 16 de Janeiro a partir de Luanda, e que contou com a presença, entre outros, do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e do chefe da Casa Civil da presidência angolana, Carlos Maria Feijó.

O ministro escusou-se reagir às críticas levantadas por Pedro Rosa Mendes naquela edição da rubrica. «Não sei porque não as ouvi. Não tenho opinião sobre isso, como não tenho opinião sobre o programa».

Quanto à decisão da Antena 1 acabar com a rubrica, Miguel Relvas aconselhou a entrevistadora a «perguntar ao seu director de Informação». «Enganou-se a quem perguntar isso».

O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares reiterou finalmente que o processo de transição para a Televisão Digital Terrestre (TDT) «está a correr bem, tirando casos muito pontuais». Quanto à crítica generalizada de a TDT em Portugal ser o veículo de serviço público em toda a Europa que menos canais abertos disponibiliza, Miguel Relvas remeteu esse protesto ao anterior governo do PS. «Foi a visão mais redutora para a TDT em toda a Europa».
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