RTP Madeira e Açores: «Não há filhos e enteados» - TVI

RTP Madeira e Açores: «Não há filhos e enteados»

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Miguel Relvas sublinha que os centros regionais da empresa não são autónomos. Por isso, vão ter de cortar nos custos e reduzir nos funcionários

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O Governo não cede na redução das emissões regionais da RTP Madeira e RTP Açores para quatro horas por dia, das 19h00 às 23h00, justificando que a empresa é «nacional».

«Os centros regionais não são autónomos. A RTP é nacional e é uma só empresa, nas suas responsabilidades financeiras e na sua gestão», afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares, no Parlamento, quando questionado sobre o tema pelos deputados das regiões autónomas, como Ricardo Rodrigues (PS) e José Manuel Rodrigues (CDS).

Recordando que a RTP Madeira e RTP Açores custaram, o ano passado, 25,7 milhões de euros aos portugueses, Miguel Relvas constatou: «Não há filhos e enteados. Somos todos iguais».

Por isso, o Governo vai exigir uma redução dos custos destes centros regionais para 20 milhões, sendo 11 nos Açores e nove na Madeira. E também quer reduzir o número «astronómico» de funcionários, 307 no total. Sem dizer para quanto.

Além disso, Relvas não está satisfeito com o facto de apenas «40 por cento» dos madeirenses pagarem a taxa de audiovisual, «pondo em causa o princípio sagrado que é o de todos os portugueses terem de o fazer».

Frisando que «quem fala em nome da RTP é o presidente e não o director da Madeira ou dos Açores», o ministro mostrou-se disponível para discutir com os Governos Regionais a questão das emissões, mas nunca mais do que isso. À semelhança, comparou até, com a SATA, onde não toma decisões, por ser uma empresa regional.

«Muitas autarquias do seu partido vão ter de se fazer à vida»

Entre as dezenas de perguntas colocadas ao ministro, que bateu o recorde anterior dos titulares das pastas da Economia e da Saúde, nesta mesma comissão que discute o Orçamento de Estado para 2012, Relvas destacou a intervenção da deputada comunista Rita Rato sobre as rescisões na RTP.

«Há um custo médio bruto de 40 mil euros por pessoa por ano», disse, considerando o número «insustentável» e mudando de assunto para responder à deputada: «Muitas autarquias do seu partido vão ter de se fazer à vida e gerir melhor, porque as circunstâncias são essas.»
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