Várias dezenas de trabalhadores da refinaria de Sines protestaram, esta sexta-feira de manhã, junto à empresa contra aquilo que consideram uma «usurpação ilegítima» dos seus salários por parte da Galp Energia.
Na sequência da greve de três dias realizada pelos trabalhadores em meados de setembro, a empresa descontou dos seus salários 6,75 dias, alegadamente por contabilizar o tempo «que a refinaria demora a arrancar» após a paragem, explicou Hélder Guerreiro, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE/SUL), citado pela Lusa.
O sindicalista adiantou que irá ser interposta uma providência cautelar para impedir esta medida, esclarecendo que não se trata da primeira vez que a Galp Energia procede desta forma, tendo já sido «condenada quatro vezes por tribunais», desde 2010, por esta prática.
Os trabalhadores estiveram concentrados junto à portaria principal da refinaria durante cerca de uma hora, ostentando uma faixa com a inscrição «Devolvam os nossos salários», contou Hélder Guerreiro.
«Não podemos aceitar que a empresa usurpe ilegitimamente uma parte dos salários dos trabalhadores», declarou.
Os trabalhadores da Galp Energia levaram a cabo uma paralisação de três dias em meados de setembro, que se repetiu por mais seis dias em outubro.
As causas das greves relacionaram-se com a redução de salários, de valores dos feriados e das horas extraordinárias, resultantes da aplicação do novo Código do Trabalho, e ainda com o aumento da comparticipação dos trabalhadores no regime do seguro de saúde.
Salários: trabalhadores da refinaria de Sines contra cortes
- Redação
- CPS
- 9 nov 2012, 10:27
Galp já foi condenada «quatro vezes por tribunais», diz sindicato
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