SATA: «Nos Açores todos dependem dos serviços aéreos» - TVI

SATA: «Nos Açores todos dependem dos serviços aéreos»

Pico

Transportes marítimos não resolvem necessidades diárias da população. SATA e pilotos reúnem-se dia 26 para evitar greve

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Quem vive no arquipélago dos Açores depende dos serviços aéreos. Foi esta a mensagem que o presidente do Grupo SATA, quis passar esta quinta-feira, uma semana antes da reunião entre a operadora e os pilotos para tentarem evitar a greve.

«Todos dependem dos serviços aéreos», afirmou António Gomes de Menezes, citado pela Lusa, no Porto. O responsável participou na 3.ª sessão de conferências do encontro anual da Associação Europeia das Companhias Aéreas Regionais (ERA).

Segundo o presidente da SATA, as ligações aéreas entre as ilhas do arquipélago são fundamentais para o dia-a-dia dos habitantes, mesmo em questões sociais, porque é através da SATA que é possível transportar doentes entre ilhas ou para o Continente, ou retirar dali mercadoria perecível, como peixe fresco para Espanha.

António Gomes de Menezes admitiu, porém, que este «serviço público» prestado pela SATA é um fator de pressão para «as tripulações e para a manutenção» dos aviões.

«Os pilotos sabem disso e sofrem muita pressão», disse, referindo-se às aterragens «em condições marginais» que os pilotos fazem.

Os transportes marítimos de pessoas e viaturas nos Açores apenas funcionam entre todo o arquipélago entre maio e outubro. Durante todo o ano, só existem ligações marítimas regulares entre o Faial, S. Jorge e Pico.

António Gomes de Menezes disse mesmo que «há um sentido de urgência». Os pilotos da SATA chegam a cumprir, no máximo, «oito legs (percursos entre ilhas) por dia».

No final da conferência, em declarações à Lusa, o responsável afirmou que «o corpo técnico» da direção de operações de voo, bem como os responsáveis pelo treino e instrução, «têm autonomia para decidir a melhor forma de cumprir as normas legais, instituir e adotar as melhores práticas, às vezes ainda mais conservadoras» do que as impostas pela legislação.

António Gomes de Menezes salientou ainda que a SATA «tem uma rede bastante extensa para a sua dimensão», estando agora a apostar numa «estratégia de internacionalização, com especial foco para os mercados estratégicos dos Estados Unidos da América, Canadá e Alemanha, onde reforçou a presença».

«São mercados com economias mais fortes e resistentes, onde os Açores podem crescer turisticamente».

O presidente do Grupo SATA disse ainda que a «redução de custos tem permitido obter resultados relativamente equilibrados».
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