SATA: sindicatos vão avançar com novos pré-avisos de greve - TVI

SATA: sindicatos vão avançar com novos pré-avisos de greve

Em causa está a não aplicação na transportadora aérea regional do mesmo princípio de entendimento conseguido para todos os trabalhadores da TAP

A Plataforma Sindical dos Trabalhadores do Grupo SATA vai avançar com novos pré-avisos de greve por se manter o diferendo com a administração da transportadora aérea, mas sublinha a sua disponibilidade para continuar a negociar.

«Antecipam-se mais momentos de afirmação da vontade da plataforma de sindicatos que, seguramente, conduzirão a novos pré-avisos de greve a decidir em Assembleia Geral. O calendário destas será em breve anunciado», adianta um comunicado subscrito pelos cinco sindicatos que compõem a plataforma, onde fazem um balanço dos últimos dois períodos de paralisação convocados para a SATA.

De acordo com o comunicado, citado pela Lusa, a paralisação dos funcionários do Grupo SATA entre 23 a 25 de abril e 2 a 4 de maio último registou uma «adesão massiva» e deveu-se, segundo a plataforma, à não aplicação na transportadora aérea regional do mesmo princípio de entendimento conseguido para todos os trabalhadores da TAP.

A plataforma sindical refere que concluiu há dois dias uma ronda de contactos com todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia Legislativa dos Açores, tendo prestado esclarecimentos e respondido a «perguntas pertinentes» sobre a situação em causa.

Alegando que a greve constitui «o último recurso» na defesa dos direitos dos trabalhadores, considera que em «organizações inteligentes» as greves são, normalmente, evitadas à priori, apontando como exemplo o caso da Autoeuropa, «que antecipa e concilia posições, propondo soluções ganhadoras para ambas as partes».

No caso da SATA, argumentam que há «falta de qualidade dos interlocutores», que «além de se recusarem a reconhecer os direitos dos trabalhadores e de fingirem só poderem aceitar soluções imaculadas de enquadramento legal revelam, quando a isso são obrigados, a intenção de embarcar ativamente por caminhos menos claros para a eventual devolução dos valores cortados» aos trabalhadores.

«Tornou-se claro para toda a plataforma que estas ofertas não eram sérias e só tentavam evitar encarar com coragem o que foi obtido legitimamente pelos nossos colegas das empresas continentais», refere o comunicado, acrescentando que os trabalhadores da SATA Air Açores e da SATA Internacional «continuam unidos em torno da mesma vontade de fazer valer os seus direitos».
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