Semapa lucra quase 91 milhões em nove meses

A Semapa encerrou os primeiros nove meses do ano com um lucro de 90,6 milhões de euros, uma subida de 73,4 por cento face ao mesmo período do ano passado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa diz que a subida dos resultados líquidos ficou a dever-se à «melhoria do EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] em cerca de 126,4 milhões de euros, devido ao efeito combinado do aumento do volume de negócios e controlo apertado de custos».

O EBITDA subiu 60,6 por cento de Janeiro a Setembro, situando-se nos 335 milhões de euros.

A impulsionar os lucros estiveram também, segundo a Semapa, o aumento das amortizações em cerca de 25,1 milhões de euros, bem como o «contributo positivo das provisões (7,8 milhões de euros face ao período homólogo)».

O volume de negócios da empresa aumentou 17,5 por cento nos primeiros nove meses do ano face ao mesmo período de 2009.

Na área de negócio papel e pasta, o volume de negócios do grupo Portucel aumentou 24,5 por cento, atingindo os 1.003 milhões de euros, devido a «um maior volume de papel vendido, sustentado pela produção da nova fábrica de papel e do aumento de produção e venda de energia (mais 75 por cento face ao período homólogo)».

Nos cimentos, o grupo Secil chegou a Setembro com um volume de negócios de 408,3 milhões de euros, menos sete por cento do que no período homólogo, «fundamentalmente devido à menor performance das unidades de negócio situadas em Portugal e em Angola».

Em Portugal, «a unidade de negócio de cimento apresentou um volume de negócios de 135 milhões de euros, tendo registado uma redução de oito por cento», refere a empresa, acrescentando que esta quebra «foi parcialmente compensada pelo incremento da actividade de exportação».

No ambiente, o volume de negócios do grupo ETSA subiu 9,6 por cento para 22,5 milhões de euros.

Quanto à dívida, «a 30 de Setembro de 2010, a dívida líquida consolidada totalizou 1.063,2 milhões de euros, o que representou uma melhoria face ao valor verificado no final do exercício de 2009».