«Seria uma leviandade privatizar a CGD» - TVI

«Seria uma leviandade privatizar a CGD»

Sócrates

Primeiro-ministro criticou, esta quinta-feira, a oposição por não apresentar alternativas ao PEC4, depois de o ter chumbado no Parlamento

O primeiro-ministro demissionário e secretário-geral do PS, José Sócrates, criticou, esta quinta-feira, no «Fórum TSF», a proposta do PSD para uma eventual privatização da Caixa-Geral de Depósitos. Sócrates diz que seria uma «grande leviandade» privatizar o banco do Estado.

«Numa altura em que o sistema financeiro português precisa de robustez, é agora que vamos meter-nos na aventura de vender a CGD?», questionou.

José Sócrates acusou a Oposição, particularmente o PSD, de «impreparação» e criticou os partidos que chumbaram o PEC4 por, 36 dais depois, ainda não terem apresentado uma alternativa concreta. «Há seis anos que se andam a preparar. Há um mês que ando a dizer que o PSD tem obrigação de apresentar alternativa. (...) Eles não estavam preparados para isto. Estavam preparados apenas para fazer cair o Governo», sublinhou.

O primeiro-ministro admitiu mexer nas regras do subsídio de desemprego, nomeadamente no que toca à sua duração, mas insurgiu-se ainda contra a proposta de penalizar reformas futuras de desempregados que recebem o subsídio de desemprego, classificando a ideia de «absurda».«Não posso admitir que alguém que esteja involuntariamente no desemprego, que tenha descontado para o subsídio de desemprego, para além de estar desemprego seja também penalizado na sua reforma», disse.

«Dá para perceber o que vai naquelas cabeças», rematou.

Ainda no «Fórum TSF», Sócrates garantiu que não vai deixar cair as principais obras públicas e sublinha a necessidade de apostar na modernização das infra-estruturas de transporte, para que o país fique «mais perto dos mercados europeus dos quais depende». Contudo, admitiu que «têm de ser adaptadas ao momento que vivemos e às novas condições de financiamento».

Antes, na primeira parte do programa da TSF, o primeiro-ministro demissionário disse que «ainda vamos ter saudades do PEC». José Sócrates assegurou ainda que Governo está a fazer tudo para que o resultado das negociações com a troika tenha o menor impacto possível na vida dos portugueses e defendeu «descrição» e «rapidez» nas negociações.
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