Só Peso falida: bancos rejeitam entrada de capitais angolanos - TVI

Só Peso falida: bancos rejeitam entrada de capitais angolanos

Justiça (arquivo)

Decisão do tribunal conhecida nos próximos dias

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Os bancos BPI, CGD, BCP e Banif, credores da cadeia de restauração Só Peso objeto de processo de insolvência, rejeitaram a entrada como acionista da Só Peso Angola, mas a decisão do tribunal só é conhecida nos próximos dias.

Na assembleia de credores, que decorreu esta quarta-feira em Lisboa, a administradora de insolvência propôs à votação dos credores uma proposta de viabilização da empresa através da entrada de capital da Só Peso Angola, para permitir que os trabalhadores recuperem 40 por cento dos créditos e os fornecedores 10 por cento em 90, 180 e 270 dias.

«Em termos de garantias a Só preso Angola é a proposta que melhor defende os interesses dos credores», defendeu no tribunal a administradora de insolvência, citada pela Lusa.

Das dezenas de credores presentes na assembleia, entre trabalhadores, bancos, empresas de leasing e fornecedores, votaram contar este plano de insolvência quatro bancos credores e outros dois credores, registando-se ainda três abstenções e votando a maioria dos presentes a favor.

O resultado da votação não foi conhecido hoje, anunciando o tribunal aos presentes que a decisão seria tomada nos próximos dias por despacho da juíza, que tem agora de contabilizar o peso de cada voto no total de créditos para chegar a uma decisão.

«Se o plano não for aprovado parte-se para a liquidação e partilha, se for aprovado o plano ainda tem de ser homologado pelo tribunal», explicou aos presentes a juíza.

Na última sessão de tribunal, em março, a administradora da insolvência anunciou a intenção do grupo de capitais angolanos de injetar capital na empresa portuguesa. Na altura, o facto do investidor não ter apresentado garantias bancárias deixou os credores presentes de pé atrás.

A cadeia de restauração Só Peso, que tem o BES como acionista de referência, tem dívidas de 14,5 milhões de euros, que resultaram na entrada em junho do ano passado de um pedido de insolvência no Tribunal do Comércio de Lisboa. Em setembro do ano passado, os credores aprovaram a sua viabilização.
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