Apesar de várias flutuações desde 2009, Portugal terminou o último trimestre de 2010 «com melhoramentos significativos» em relação ao final do ano anterior. Passou de 25 «computadores limpos por mil» para 15,6, uma redução de 37,6%.
O que é isto de um computador limpo por mil?
A empresa utiliza a medida «computadores limpo por mil» para avaliar a segurança informática de cada país. Esta medida «representa o número de computadores relatados limpos para cada mil execuções da Ferramenta de remoção de software mal-intencionado do Microsoft Windows».
«As coisas estão no bom caminho», mas «não é tempo de baixar a guarda», uma vez que Portugal ainda está «bastante acima» da média mundial, advertiu à Lusa o responsável pela área de Segurança e Estratégia de Plataformas da Microsoft Portugal, Sérgio Martinho.
Os números do relatório da Microsoft referem-se, em particular, ao último semestre de 2010, numa recolha que abrangeu mais de 100 mil computadores por todo o país.
Mais vale prevenir
Sérgio Martinho alerta que «os consumidores estão cada vez mais na mira dos cibercriminosos», em especial através das redes sociais.
O responsável da Microsoft Portugal recomenda assim aos utilizadores, dos mais novos aos mais velhos, que não corram programas de que não conhecem a origem, que não descarreguem ficheiros que não sejam «genuínos», sejam eles antivírus, filmes ou jogos.
«Antigamente, os computadores ficavam lentos ou não iniciavam, mas agora o criminoso não quer que o consumidor se aperceba» da infecção.
A redução alcançada por Portugal permite que se junte ao grupo dos cinco países que mais apresentaram melhorias entre o último trimestre de 2009 e o período homólogo de 2010, no qual se encontram também Bahrein, Brasil, China e Rússia.
As ameaças mais comuns
Segundo o comunicado enviado pela Microsoft, «a categoria de malware foi a mais comum registada em Portugal, ao longo do quarto trimestre de 2010». O
Seguem-se na lista de ameaças comuns os vírus da classe worm, «que afectaram aproximadamente 24,9% de todos os computadores infectados, em comparação com os 25,5% alcançados no terceiro trimestre» do ano passado, aos quais se juntaram, em terceiro lugar, os trojans não categorizados que afectaram 23,2% de todos os computadores infectados, face a 23,9% registados no terceiro trimestre».
O relatório da Microsoft reúne informação de 600 milhões de computadores de cerca de 117 países.