TAP: garantias de German Efromovich «são demasiado vagas»

Oito dos 14 sindicatos da TAP estiveram esta quarta-feira reunidos com os deputados no Parlamento para transmitirem a sua oposição à proposta de German Efromovich no âmbito da privatização da companhia aérea, considerando que as garantias dadas aos trabalhadores «são demasiado vagas».

Nuno Fonseca, da direção do Sindicato dos Tripulantes de Cabine (SNPVAC), em nome de todos os sindicatos, afirmou à Lusa que no processo de privatização da TAP «existe a preocupação de que as garantias dadas no caderno de encargos são demasiado vagas, principalmente aquelas que são dadas aos trabalhadores».

O sindicalista mostrou preocupação pelo facto de o caderno de encargos não garantir explicitamente que Lisboa continue a ser um hub (plataforma), que a companhia continue sediada na capital e de que não haveria despedimentos.

«A verdade é que não foi dada nenhuma garantia na contratação coletiva, sendo que o facto de o comprador prever comprar mais aviões não garante a continuidade do hub nem o número de voos atuais», observou, acrescentando não haver «garantia nenhuma de que os trabalhadores da companhia continuem a ser necessários se os voos diminuírem».

Nuno Fonseca adiantou que «o Governo não teve o cuidado de responder aos constantes pedidos de esclarecimento por parte de todos os sindicatos e agora sabemos, por informações não oficiais, que pode vir a aceitar uma proposta inferior à proposta anterior, o que coloca em causa todas as garantias anteriores».

Para o sindicalista, a intenção de o Governo querer agora reunir com os sindicatos «não passa de um fait-diver porque o processo está completamente decidido».