TAP vai ter maiores perdas do que o esperado - TVI

TAP vai ter maiores perdas do que o esperado

Fernando Pinto, TAP

Presidente da companhia aérea desvaloriza dados preliminares que apontam para prejuízos de 84,4 milhões de euros

O presidente da TAP confirmou esta quinta-feira que a empresa vai ter perdas maiores do que o esperado no primeiro trimestre, mas desvalorizou os dados preliminares que apontam para prejuízos de 84,4 milhões de euros.

«Não temos ainda uma estimativa, mas vamos ter perdas que imagino um pouco maiores do que o previsto», disse Fernando Pinto, à margem da assembleia anual do Conselho Internacional dos Aeroportos, que se realiza até sexta-feira no Estoril.

O «Diário Económico» avançou esta semana - citando um relatório de gestão preliminar - que os prejuízos da TAP no primeiro trimestre agravaram-se em 32 milhões de euros, com a companhia aérea a acumular uma perda de 84,2 milhões entre Janeiro e Março.

O jornal também escreveu que «o transporte aéreo - o único negócio da empresa que tem apresentado lucros nos últimos anos -, fechou o trimestre com um prejuízo de 60,5 milhões de euros».

O presidente da TAP diz que estes não são números finais.

«Não temos ainda as contas do primeiro trimestre fechadas. Estamos ainda a falar porque precisamos de consolidar várias empresas dentro do grupo. Mas é sempre importante considerar que não podemos comparar o resultado do primeiro trimestre deste ano com o do ano passado», disse Fernando Pinto, acrescentando que em 2010 todo o período da Páscoa esteve dentro do primeiro trimestre e em 2011 a Páscoa foi em Maio. «É bem diferente».

Fernando Pinto desvalorizou ainda os dados preliminares.

«Uma empresa aérea tem ao longo do ano proveitos na faixa dos 2 mil a 2.500 milhões de euros e o prejuízo ou lucro pode ficar entre os 20 milhões ou menos 20 milhões. A diferença passa dos mil milhões para as dezenas. As variações são muito grandes neste processo e por isso nem levo em consideração os dados preliminares».

Para o presidente da transportadora aérea portuguesa, «é importante comparar pelo menos os quatro primeiros meses, porque aí vai ser algo parecido com o ano anterior».

Tal como o «Diário Económico» tinha adiantado, o grande factor deste ano foi o preço dos combustíveis. «O grande fator deste ano é o combustível, que está [com um preço] bem pior, mas cujo efeito não tem sido tão grande nas contas como poderia ser. A empresa está mais eficiente, está a ter mais proveitos, mas tem tido perdas devido ao ambiente económico que vivemos», ressalvou o responsável.

Isso obriga a TAP a ter de «vender mais fora de Portugal do que antes, já que é natural que o mercado português decresça».
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