Taxa de pirataria: «Dinheiro vai para fora do país» - TVI

Taxa de pirataria: «Dinheiro vai para fora do país»

Piratas informáticos

Valor pago em licenças autorizadas «não vai para os autores, vai para grandes empresas». Só IVA circula cá dentro

O fundador do Movimento Partido Pirata Português rejeitou esta segunda-feira que a descida da taxa de pirataria informática de software em Portugal leve a um aumento das receitas fiscais, como defende um estudo da Universidade Católica divulgado na semana passada.

Para André Rosa, os números são «completamente falsos» e «nada têm a ver com a realidade atual».

Um estudo da Universidade Católica Portuguesa, divulgado na quarta-feira passada, referia que uma redução de 10% da taxa de pirataria informática em Portugal até 2016 poderia levar à criação de 4.244 postos de trabalho e a uma receita fiscal de 320 milhões de euros.

«Contestamos a premissa de que cada cópia pirateada equivale a uma venda perdida», sublinhou o fundador do movimento, citado pela Lusa, acrescentando que «o facto de uma pessoa piratear, não quer dizer à partida que fosse comprar esse software, essa música ou esse filme».

Concretamente sobre a ligação da redução da pirataria informática ao aumento de receitas fiscais André Rosa diz que os valores pagos em licenças autorizadas nem sequer ficam em Portugal: «O dinheiro não vai para os autores, vai para as grandes empresas» e como «boa parte do software é produzido por multinacionais», esse valor ¿vai para fora do país.

«O único dinheiro [na economia portuguesa é referente] ao IVA, mas esse dinheiro já circula cá dentro».

Garantindo que o Movimento Partido Pirata Português não pretende que se deixe de pagar pelo sofware adquirido, André Rosa explica que o que quer é que se mostre às pessoas que há alternativas gratuitas ou, pelo menos, mais baratas.

«Existem alternativas que já são de borla e são legais, é só preciso mostrar às pessoas que essas alternativas existem, não é preciso piratear software licenciado e pago, quando existem alternativas gratuitas ou, quando pagas, muito mais baratas».
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