Telecoms: Sindicato preocupado com fusão PT/Oi - TVI

Telecoms: Sindicato preocupado com fusão PT/Oi

Em apenas 3 ou 4 meses Portugal perde dois pilares: PT e BES

Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações adianta que os mais de 10 mil trabalhadores da Portugal Telecom devem desvalorizar «eventuais boatos» relativos à empresa e apela à união

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O sindicato dos trabalhadores das telecomunicações mostrou-se esta sexta-feira preocupado com a forma como o processo de fusão da PT com a Oi está a decorrer e com a possível venda de ativos, aconselhando os funcionários a manterem-se atentos.

Em comunicado, escreve a Lusa, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTC) adiantou que os mais de 10 mil trabalhadores da Portugal Telecom (PT) devem desvalorizar «eventuais boatos» relativos à empresa e apelou à união.

A intervenção do sindicato surge na sequência do anúncio ao mercado, na terça-feira, pela operadora brasileira de telecomunicações Oi, que Zeinal Bava, um dos rostos do processo de fusão, tinha pedido a demissão da presidência da empresa brasileira.

Zeinal Bava tinha assumido a presidência da Oi em junho de 2013, quatro meses antes do anúncio da fusão das duas operadoras.

O gestor saiu do cargo ainda no rescaldo das aplicações financeiras da PT na Rioforte e numa altura em que existem notícias de que o grupo francês Altice está interessado na compra dos ativos da operadora portuguesa, que atualmente estão incorporados na Oi.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o SNTCT faz um balanço negativo da atual situação do grupo PT e da fusão com a Oi, salientando que «esta nunca deveria ter acontecido, pois só beneficiou os acionistas da empresa de Telecomunicações brasileira e alguns grupos de pressão financeiros quer no Brasil que em Portugal».

Os trabalhadores e o sindicato estão «preocupados, incrédulos e revoltados quanto ao facto da empresa ter sido tão maltratada devido a incompetência, irresponsabilidade e dolo de uma minoria de gestores apoiados por interesses financeiros eventualmente inconfessáveis».

O SNTCT defende também que as estruturas representativas dos trabalhadores devem «fazer um esforço comum, colocando de parte diferenças», focando-se apenas na defesa dos interesses dos funcionários do grupo PT.
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