«Terá PS pela frente se ousar privatizar CGD» - TVI

«Terá PS pela frente se ousar privatizar CGD»

Líder dos socialistas garante forte oposição «do PS e dos portugueses» se Governo levar em frente as alterações à TSU e se privatizar o banco público

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«Olhe bem para mim senhor primeiro-ministro: terá o PS pela frente se ousar privatizar a Caixa Geral Depósitos». Com os olhos arregalados e dedo indicador apontado a Passos Coelho, o líder do Partido Socialista garantiu assim forte oposição se o executivo tomar esta decisão.

Um «esforço de especulação», nas palavras do primeiro-ministro, mas que António José Seguro fincou o pé, mostrando também forte oposição às alterações anunciadas pelo Governo há duas semanas à taxa social única (TSU).

«A medida de desvalorização fiscal estava no memorando negociado pelo PS», respondeu Passos Coelho, que originou a resposta da bancada dos socialistas: «Não estava não».

O primeiro-ministro, classificando que «é muito fácil, para quem está na oposição, cair na demagogia e no populismo», garantiu que «nunca disse que queria um país de pobres. Quero diminuir a pobreza e isso não se consegue quando as empresas não conseguem fazer o que lhes é pedido».

Seguro pediu a Passos que lhe diga «qual é a página do memorando onde os trabalhadores têm de transferir 7 pontos percentuais para as empresas», rematando que Passos que não queria «nem mais tempo nem mais dinheiro», acabou por ter «mais tempo e mais austeridade».

Já sobre o futuro da CGD, Passos Coelho garantiu que qualquer decisão que for tomada será devidamente anunciada, mas não afastou nenhum cenário: «No dia em que o Governo tiver de anunciar alguma coisa relevante à CGD não o fará de forma sorrateira e não o deixará de o fazer. Até hoje, não é conhecida nenhuma declaração que altere as atuais condições sobre a CGD».

O memorando de entendimento relativo ao programa de assistência financeira compreende apenas a alineação do ramo segurador e ativos que não sejam estratégicos para a empresa.

O líder do PS levou ainda para o debate a notícia desta sexta-feira do «Correio da Manhã» que indica que as mudanças na TSU vão cortar metade do salário aos trabalhadores, obtendo apenas uma resposta curta de Passos Coelho: «Eu não sou diretor do Correio da Manhã».

Mais à frente no debate, foi a vez de Heloísa Apolónia, do partido Os Verdes, pedir mais respostas sobre futuro da CGD, classificando a resposta de Passos «ambígua» e exigindo uma clarificação por parte de Paulo Portas.

Passos Coelho reitera que não tem novidades a anunciar, dizendo apenas que «não fazemos especulações. Não está no programa eleitoral nada sobre isso, apenas sobre venda de ativos da Caixa Geral de Depósitos, que se vai manter».
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