Trabalhadores da CP em greve na quarta-feira - TVI

Trabalhadores da CP em greve na quarta-feira

Greve de transportes

Acção vai abranger algumas situações na terça e quinta-feira

Os trabalhadores da CP vão estar quarta-feira em greve, contra os cortes salariais e medidas de austeridade do Governo, a revisão da lei do trabalho e as privatizações dos transportes, anunciou esta segunda-feira o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante.

O sindicato, que representa os trabalhadores das carreiras comerciais da CP, adianta em comunicado que a acção «vai também abranger algumas situações no dia 15 (terça-feira) e 17 (quinta-feira)», escreve a Lusa.

Este é o último recurso dos trabalhadores (operadores de revisão e venda, operadores de venda e controlo, assistentes comerciais, entre outros) na luta pelo respeito da contratação colectiva, que consideram estar a «ser violada unilateralmente», reduzindo os salários «com vencimentos base médios de 800 euros».

Greve visa contestar medidas de austeridade

A greve visa contestar as medidas de austeridade inscritas no Orçamento do Estado para reduzir os salários e a revisão da legislação do trabalho, que «precariza as relações laborais e ainda põe em causa os direitos dos trabalhadores», refere o comunicado.

«Se a redução das indemnizações por cessação do contrato de trabalho fosse a solução não existiriam taxas de desemprego em Espanha de 21% e na União Europeia cerca de 11%», frisa o documento.

Os trabalhadores protestam contra as privatizações do transporte ferroviário, afirmando que quando este é implementado dá-se um aumento dos custos dos títulos de transporte, e as medidas que põem em causa o transporte ferroviário público de qualidade com tarifas sociais acessíveis a toda a população.

O sindicato sublinha que a «privatização dos caminhos-de-ferro na União Europeia não resultou», devido ao facto de «ter havido um aumento substancial no custo do transporte e não ter havido um investimento na sua melhoria».

O comunicado reclama ainda a manutenção do número actual de circulações de comboios, que está a ser reduzida, «prejudicando os interesses dos passageiros e dos trabalhadores».
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