Tribunal de Contas chumba fiscalização de estrada na Atalaia - TVI

Tribunal de Contas chumba fiscalização de estrada na Atalaia

Estrada

Empreitada tinha sido adjudicada com preço base de 3,7 mil milhões de euros, mas contrato aponta para 4,8 mil milhões

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O Tribunal de Contas chumbou a fiscalização prévia da variante EN4 na Atalaia, por considerar que a empreitada foi adjudicada por um valor que excede em 30,37% o valor do preço base, fixado em 3,7 mil milhões de euros.

Este valor é ainda acrescido de IVA. Mas o contrato de empreitada celebrado entre a Estradas de Portugal, SA e a empresa Construções Pragosa, SA aponta para 4,8 mil milhões de euros, mais IVA, revela o relatório do TC.

«O concorrente Construções Pragosa, SA apresentou uma proposta no valor de 4,8 mil milhões de euros, o que excede em 30,37% o valor do preço base do concurso», refere o documento, citado pela agência Lusa.

O TC considerou que «em termos de senso comum é um desvio deveras assinalável, sobretudo considerando o montante em que se traduz esse agravamento do preço apresentado».

A Comissão de Análise de Propostas (CAP) «entendeu fazer uma prévia análise das circunstâncias económicas e comerciais do mercado à data das propostas em análise», acrescenta o documento que explica as razões do chumbo.

«Estamos em face de uma diferença entre o valor do preço base do concurso e os valores apresentados pela proposta do adjudicatário [Construções Pragosa, SA] e pela proposta do outro concorrente [consórcio formado pelas empresas Monte Adriano/Betominho»], de mais de 30% e de mais de 46%, respectivamente», argumentaram os juízes responsáveis pela fiscalização.

Daí que «os preços totais oferecidos, quer pelo adjudicatário, quer pelo outro concorrente, são consideravelmente superiores ao do preço base do concurso», pelo que o TC rejeitou a fiscalização prévia.
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