Um em cada cinco desempregados é da construção - TVI

Um em cada cinco desempregados é da construção

Construção

16% do total de desempregados surgiu diretamente deste setor. Em causa estão 99 mil pessoas

Relacionados
A construção está «à beira do colapso». Prova disso é que um em cada cinco desempregados contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no ano passado era deste setor.

Em 2011, «16% do total de desempregados surgiu diretamente da construção (99 mil pessoas, em termos médios anuais)», isto é, «cerca de um em cada cinco desempregados eram oriundos da construção», revela a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS), citando dados do INE. A AECOPS começou a divulgar esta quinta-feira um conjunto de informações sobre o setor, sendo a primeira precisamente sobre o desemprego.

Se forem tidos em conta os dados relativos ao número de inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) relativos aos dois primeiros meses deste ano, «um em cada quatro novos desempregados» vem do setor da construção.

O aumento do número de desempregados resulta da «brutal redução da atividade do setor e do consequente ajustamento das estruturas das empresas a essa realidade», mas também da subida do número de insolvências de empresas da construção.

Citando dados divulgados pela COFACE, a associação afirma que, em 2011, as insolvências de empresas do setor da construção atingiram o número «recorde» de 1.138, uma subida de 48% nos dois últimos anos.

Os dados da COFACE citados pela AECOPS indicam ainda que, nos últimos três meses de 2011, foram consideradas insolventes 306 empresas de construção, 19,6% do total registado nesse trimestre e o valor «mais elevado do ano», cita a Lusa.

Perante esta situação, a associação afirma que «a construção é uma atividade à beira do colapso», tendo registado decréscimos da produção nos últimos dez anos.

A situação é agravada pela atual crise económica, pela «escassez» de crédito concedido à economia, pela manutenção de «montantes elevados» de dívidas às empresas de construção e pela «queda abrupta do investimento público, em particular do investimento em construção».
Continue a ler esta notícia

Relacionados