Zon/Optimus: fusão deverá ser «célere» - TVI

Zon/Optimus: fusão deverá ser «célere»

Ângelo Paupério não quis, ainda assim, avançar datas para a conclusão do processo

O vice-presidente da Sonae, Ângelo Paupério, disse esta quarta-feira que o processo de fusão entre a Zon e a Optimus está «a correr de acordo com a melhor expectativa» e deverá ser «célere».

«Tenho a expetativa que o processo seja célere, não vemos razão para se prolongar por muito tempo, porque não vemos questões de concorrência difíceis neste processo, mas tem que ser a Autoridade da Concorrência [AdC] a decidir e aguardamos com confiança essa decisão», afirmou Paupério durante a apresentação dos resultados de 2012 da Sonae SGPS, no Porto.

Quer os acionistas da Optimus quer os da Zon aprovaram nas respetivas assembleias-gerais, na semana passada, a fusão das duas empresas.

A operação de fusão dependerá agora dos pareceres das entidades reguladoras do mercado, concorrência, setor das telecomunicações e comunicação social.

Questionado sobre se a saída do atual presidente da AdC, Manuel Sebastião (cujo cargo termina a 25 de março), poderá protelar o processo, Ângelo Paupério considerou que ¿as instituições têm que funcionar¿ independentemente destas mudanças.

«São instituições com grandes profissionais, com pessoas que sabem muito bem o que estão a fazer. Seria bom que conseguíssemos que esses processos fossem naturais e que as instituições conseguissem não prejudicar o mercado, nem os intervenientes que procuram fazer as coisas acontecer», disse, citado pela Lusa.

Sem querer avançar datas para a conclusão do processo de fusão, mas admitindo que, na sua opinião, tal poderia acontecer dentro de «um, dois meses», o vice-presidente da Sonae afirmou que já foram «dados muitos passos» e «tomadas muitas posições das autoridades».

«[O processo] está a correr de acordo com a melhor expectativa. Falta a emissão de uma declaração da CMVM [comissão de Mercado de Valores Mobiliários], que já foi requerida, mas que a CMVM adotou a postura de emitir só posteriormente à realização da assembleia de acionistas, pelo que essa emissão deverá ocorrer a qualquer momento», afirmou.

Relativamente à «marca ou marcas» sob que irá operar a nova empresa resultante da fusão, Ângelo Paupério disse ser ainda muito prematuro avançar qualquer informação: «A marca ou as marcas que vão operar há de ser resultado de um trabalho que a nova equipa de gestão que terá a responsabilidade de levar para a frente este projeto terá que fazer».

«Esse trabalho - continuou - não está, nem podia estar feito, porque um processo de fusão, e sobretudo uma fusão dentro do mercado em que os operadores que se estão a fundir são, até ao momento da fusão, concorrentes, é um processo que tem que decorrer de acordo com um conjunto de regras».
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