Nova administração do BPI eleita com 99,77% de votos - TVI

Nova administração do BPI eleita com 99,77% de votos

  • VC - Atualizada às 13:44
  • 26 abr 2017, 12:32

Fernando Ulrich passou a chairmain, administração é agora liderada por Pablo Forero. "Vou ter uma vida mais tranquila", diz o até aqui presidente executivo, que vê no Caixabank um "amigo"

Os acionistas do BPI elegeram, com 99,77% de votos a favor, a nova administração. É agora liderada por Pablo Forero, do CaixaBank.

Esta informação foi avançada pelo ainda presidente Fernando Ulrich, em conferência de imprensa, após a assembleia-geral do banco, que decorreu esta manhã, no Porto, com 94,06% do capital presente ou representado.

O gestor espanhol sucederá a Ulrich, que passou a chairman, após a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da instituição espanhola, concluída com sucesso, sobre o banco português. O banco catalão passou a deter 84,5% do BPI.

Os membros do Conselho de Administração só entrarão em funções quando for dada autorização por parte do Banco de Portugal. Até lá, mantém-se a atual administração.

Ulrich disse hoje que este é um processo “exigente e demorado”, pelo que considerou “normal” a não entrada imediata em funções da nova administração.

Quanto à sua mudança de funções, assinalou que vai ter uma vida "mais tranquila" graças a Pablo Forero, que será o seu sucessor. Ulrich fez questão de dizer, ainda, que vê no Caixabank um "amigo do BPI".

Já Pablo Forero garantiu hoje que o banco terá uma "evolução tranquila" sob a égide do CaixaBank e que está a ser estudada a forma como serão feitos cortes de custos e aumento de receitas.

O gestor foi questionado pelos jornalistas sobre o "plano de 100 dias" que o CaixaBank anunciou no início do mês que tinha em marcha para rentabilizar a operação do BPI. Forero disse que a equipa do CaixaBank está a estudar o BPI para "identificar oportunidades de sinergias a longo prazo", com o objetivo de otimizar o banco, reduzindo custos e aumentando receitas.

Mais do que o plano de reestruturação, que prevê o corte de cerca de 900 postos de trabalho e encerramento de agências, a nova equipa vinda do Caixabank tem querido passar a mensagem de que o enfoque deve ser o plano de crescimento para os próximos três anos.

Outros eleitos

A reunião magna de hoje elegeu também os restantes órgãos sociais para o triénio 2017/2019 - a mesa da assembleia-geral e o conselho fiscal (ambos por unanimidade) e a comissão de remunerações - e aprovou também por unanimidade as contas de 2016, ano em que o BPI teve lucros de 313,2 milhões de euros (mais 32,5% do que em 2015).

Para a mesa da assembleia-geral continuará como presidente o advogado Osório de Castro, ficando como vice-presidente Agostinho Guedes e como secretários Maria Magalhães e Luís Amorim.

Já para o conselho Fiscal foi eleito Rui Manuel Guimarães para presidente, substituindo Abel António Reis, e permaneceram como vogais Jorge Figueiredo Dias e Francisco Valente.

Quanto ao Revisor Oficial de Contas (ROC), os acionistas do BPI ratificaram a decisão de escolha da PWC, sendo que até ao final do ano continuará a Deloitte em funções, tal como autorizou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, tendo em conta o período de transição que vive a instituição.

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