Há menos malparado, mas Bruxelas exige maior esforço - TVI

Há menos malparado, mas Bruxelas exige maior esforço

  • VC
  • 23 jan 2018, 13:18
Crédito

Comissão Europeia elogia progressos de vários países nesta matéria, incluindo Portugal. Porém, será preciso fazer mais

Houve, até agora, progressos encorajadores na redução do crédito malparado na União Europeia, incluindo em Portugal. É o que considera Bruxelas mas, ainda assim, entende também que é preciso fazer mais. Daí que o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro prometa apresentar propostas, em março, sobre esta matéria.

Enfatizámos que a nível da união bancária temos que atuar, simultaneamente, a nível de partilha de riscos e redução de riscos. Uma parte importante da redução de riscos na união bancária é reduzir os níveis de NPL (sigla em inglês de non-performing loans, os empréstimos malparados)".

No final do Conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), o primeiro sob presidência búlgara, Valdis Dombrovskis disse aos jornalistas que o relatório apresentado hoje "mostra que nos últimos três anos a proporção de NPL na União foi reduzido em um terço na União, o que corresponde a cerca de 300 mil milhões de euros em reduções, e em 2017 a rácio ficou em 2,6%”.

Houve progressos encorajadores em vários países com elevados níveis de NPL, como Itália, Espanha, Portugal, Eslovénia e outros”

Recentemente, também o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, defendeu que um dos desafios a superar na economia portuguesa é em relação ao crédito malparado, embora considere também que o país tido um "desempenho impressionante" na sua economia.

No terceiro trimestre de 2017, entre julho e setembro, o malparado caiu 2,3 mil milhões de euros face a junho e 10,5 mil milhões de euros face esse mês, mas comparando com 2016.

Há poucos dias, e de acordo informação avançada pela Comissão Europeia, os seis maiores bancos com empréstimos problemáticos no balanço em Portugal querem reduzir o crédito malparado para 10% da carteira até 2021.  Trata-se de chegar a menos de metade do nível registado em 2016. Embora esse documento não nomeie quais são, pelo Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novo Banco e Montepio têm problemas a este nível para resolver. 

O Conselho de ministros das Finanças da União Europeia abordou hoje o aprofundamento da União Económica e Monetária (UEM), tendo sido possível verificar “um sentimento partilhado sobre as prioridades imediatas”, de como completar a união bancária.

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