Oi agrava prejuízos para 2,14 mil milhões, lista de credores em breve - TVI

Oi agrava prejuízos para 2,14 mil milhões, lista de credores em breve

  • VC
  • 23 mar 2017, 15:08
Oi

Processo de recuperação judicial da operadora brasileira avança a um ritmo normal. Quem investiu em obrigações da PT deve estar atento aos próximos capítulos, porque a agora Pharol tem na Oi o seu principal ativo

A operadora brasileira Oi, detida em 27% pela Pharol (antiga PT SGPS), fechou 2016 com prejuízos líquidos de 7,12 mil milhões de reais. Na conversão para euros, são cerca de 2,14 mil milhões. Houve, portanto, um agravamento do saldo negativo de 7,1% face a 2015 e explica-se pelo plano de recuperação judicial em curso.

É o que é avançado no comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pela Pharol, acionista de referência da Oi, citando a companhia pelo facto de ter contribuído, para este resultado, uma provisão de 2,8 mil milhões de reais "sobre prejuízo fiscal acumulado" e que refletem "as estimativas de resultado tributário do plano de recuperação judicial".

O processo de recuperação judicial - que tem por objetivo reestruturar uma dívida de cerca de 65 bilhões de reais - avança em ritmo normal e a lista final de credores deve ser publicada até o fim de abril, segundo deu conta o presidente-executivo da operadora, Marco Schroeder, aqui citado pela Reuters.

Em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do quarto trimestre, o executivo afirmou que a nova proposta apresentada na véspera pela Oi é "equilibrada" e deve ser submetida à justiça nos próximos dias.

Ainda segundo o executivo, a assembleia de credores para votar o plano de recuperação judicial pode ocorrer entre o fim do segundo trimestre e o início do terceiro.

Obrigacionistas da PT

No início de março, o Tribunal de Lisboa reconheceu o processo de recuperação judicial da Oi. Os credores da companhia e da subsidiária Telemar Norte Leste estarão, assim, sujeitos às decisões proferidas pela justiça brasileira.

Estes problemas na Oi têm tido repercussões para a Pharol, não só no valor em bolsa, mas também com o problema do reembolso das obrigações da antiga Portugal Telecom.

É a Oi quem está responsável pelo reembolso. Os investidores correm cada vez mais risco de ver o dinheiro “por um canudo” ou, pelo menos, parte dele. O reembolso deveria acontecer a 26 de julho, mas não foi efetuado.

regulador do mercado decidiu, em julho de 2016, prolongar a suspensão da negociação dessas obrigações no mercado secundário, o que ainda se mantém tantos meses depois.

A Pharol estás hoje a disparar 4% em bolsa para 0,387 euros.

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