Moscovici: "Única forma" de tranquilizar mercados é com reformas - TVI

Moscovici: "Única forma" de tranquilizar mercados é com reformas

Pierre Moscovici [Reuters]

O comissário referiu ainda que "Portugal deve realmente lidar com os riscos" identificados pelo executivo comunitário de não cumprir as obrigações do Pacto de Estabilidade e Crescimento e "adotar, se necessário, medidas adicionais"

A Comissão Europeia espera que Portugal prossiga "rapidamente" reformas que acelerem a produtividade e o potencial de crescimento da Economia para "tranquilizar os investidores" e garantir os empregos que o país "precisa".

Após a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, referiu que Portugal deve "mover-se rapidamente no sentido de adotar um conjunto ambicioso e abrangente de reformas para acelerar a produtividade e o potencial de crescimento da Economia".

"Esta é a única forma de tranquilizar os investidores, de restaurar a confiança e de criar condições para haver bastantes e estáveis empregos que a população portuguesa precisa", acrescentou o político, em conferência de imprensa.

Moscovici garantiu que Bruxelas pode "apoiar Portugal nesses esforços" e "continuar a cooperação consultiva" que caracterizou as negociações com o Governo português sobre o esboço do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).

O comissário referiu ainda que "Portugal deve realmente lidar com os riscos" identificados pelo executivo comunitário de não cumprir as obrigações do Pacto de Estabilidade e Crescimento e "adotar, se necessário, medidas adicionais".

O Eurogrupo subscreveu a análise da Comissão Europeia, revelando que o Governo se comprometeu a apresentar medidas adicionais para serem usadas caso e quando necessário.  

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira, Klaus Regling, afirmou que é "tranquilizador" que Portugal se tenhacomprometido a preparar medidas adicionais que podem ser necessárias, já que os mercados reagiram negativamente às incertezas orçamentais.

Na passada sexta-feira, a Comissão deu luz verde ao plano orçamental, depois de Lisboa ter apresentado medidas adicionais, cujo impacto global estimado variará entre os 970 milhões de euros (expectativas de Bruxelas) e os 1.125 milhões de euros (projeções do Governo).

A diferença de 155 milhões de euros não impediu a Comissão de dar o seu aval ao projeto orçamental, embora apontando para os riscos de incumprimento.

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