Ministro não descarta mais medidas: «Falhar metas não é opção» - TVI

Ministro não descarta mais medidas: «Falhar metas não é opção»

A olhar para os números da execução orçamental do primeiro semestre, o futuro não é risonho. Mas Vítor Gaspar admite um «optimismo moderado»

«Falhar metas não é uma opção» e serão tomadas «as medidas adicionais que forem necessárias para cumpri-las». Com as frases, o ministro das Finanças não descarta mais medidas, para além daqueles que estão já inscritas no Orçamento do Estado «mais duro» e «exigente» de sempre, mas admite um «optimismo moderado» em relação ao futuro igual ao «crescimento moderado» da economia portuguesa em 2013.

Na apresentação do Orçamento do Estado para 2012, esta segunda-feira, no Ministério das Finanças, Vítor Gaspar recordou que a execução orçamental do primeiro semestre não correu bem, o que levou a tomar medidas «não previstas».

«Para se ter uma noção da dimensão deste desvio, no primeiro semestre, o défice orçamental das Administrações Públicas foi próximo de 7000 milhões de euros, o que compara com um valor limite para o ano como um todo de cerca de 1000 milhões. Isto é, no primeiro semestre, foi já consumido aproximadamente 70% do limite anual». Os números servem para explicar que este desvio tem de ser contido antes que ponha em causa as metas do défice acordadas com a troika.

«Estes limites são compromissos prioritários das autoridades portuguesas, que estão comprometidas desde o primeiro momento a tomar as medidas adicionais que forem necessárias para cumpri-los», disse ainda o ministro, admitindo a «incerteza e a gravidade da situação» para não poder responder, num quadro hipotético, a um valor recessivo ainda mais grave do que aquele que o Governo antecipa para 2012.

Ainda assim, há razões para um «optimismo moderado», uma vez que a economia terá também um crescimento moderado daqui a 2 anos.



Veja aqui todas as outras medidas que constam do Orçamento do Estado para 2012: aumentos de impostos, cortes de deduções, etc.
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