Dureza da Alemanha provoca reações na sala do Eurogrupo - TVI

Dureza da Alemanha provoca reações na sala do Eurogrupo

Wolfgang Schäuble

Na reunião de quinta-feira, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, foi duro com o governo português e apenas Espanha defendeu Portugal

Eurogrupo após Eurogrupo, a posição da Alemanha continua irredutível.

Segundo algumas fontes, de acordo com o correspondente da TVI em Bruxelas, na reunião de quinta-feira, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, foi duro com o governo português e que apenas Espanha defendeu Portugal.

Ainda a reunião não tinha começado quando Schauble referiu que Portugal não poderia dar a impressão de estar  "a afastar-se do caminho".

Note-se que a Alemanha tem 'a fama' de ter uma posição muito firme nas negociações com outros países. Afinal, é a maior economia da Europa.

Entretanto o ministro das Finanças alemão clarificou a sua posição em conferência de imprensa, após a reunião do Ecofin em Bruxelas, afirmando que o "nosso desejo é apenas não voltar a ter de novo os problemas que existiam há alguns anos em Portugal". "Portugal estava no bom caminho. Mas o bom caminho ainda não permite a Portugal estar bem", acrescentou Wolfgang Schauble.

 

Schauble, referiu que o seu homólogo português, Mário Centeno, “sabe que Portugal tem de fazer tudo ao seu alcance para contrariar as inseguranças nos mercados financeiros”.

Ontem, antes da reunião do Eurogrupo, o presidente Jeroen Dijsselbloem referiu que o Governo português deveria estar preparado para tomar medidas extra. E a promessa acabou por ser feita: vão ser preparadas medidas adicionais ao Orçamento do Estado para 2016 para que possam entrar em vigor, caso seja necessário, para cumprimento do  Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Após o encontro, Dijsselbloem revelou que o Governo se comprometeu a preparar já um pacote de medidas para que possam ser aplicadas, se e quando necessário, de forma a cumprir as regras europeias. Esta manhã, no debate quinzenal, Costa recusou-se a adiantar quais serão essas medidas.

“Estamos muito contentes por termos ouvido do governo português que quererem cumprir as metas europeias”, acrescentou o responsável.

A nota faz eco da análise da Comissão Europeia ao orçamento português: apesar da "luz verde" das instituições europeias, ainda há riscos do Orçamento do Estado para 2016 entrar em incumprimento.

Entretanto o executivo comunitário revelou esta manhã que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai receber o primeiro-ministro, António Costa, na próxima quinta-feira, em Bruxelas, antes de uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE).

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