A esquerda parlamentar aprovou esta sexta-feira, 4 de novembro, a proposta de Orçamento do Estado para 2017. A votação, na generalidade, envolveu 228 deputados, e contou com os votos favoráveis de PS, BE, PCP e PEV.
Já o PAN absteve-se e os partidos da direita, PSD e CDS-PP, como era expectável votaram contra.
Depois de dois dias de longas horas de discussão, o segundo Orçamento da era da chamada geringonça foi aprovado.
A expressão de Paulo Portas acabou por ser adotada tanto pela direita como pela esquerda, cada uma das partes puxando a brasa à sua sardinha: PSD e CDS com uma conotação negativa, os outros partidos, à exceção do PAN, têm tentado tirar partido do nome para dizerem que é geringonça, mas "funciona".
Há, no entanto, ainda um caminho a percorrer: segue-se a discussão na especialidade, até à votação final global do documento, no próximo dia 29 de novembro.
Se também receber luz verde na especialidade, isso quer dizer que o documento entrará em vigor, conforme previsto, a 1 de janeiro. E será ele que norteará a vida dos portugueses durante o ano que aí vem.