O ministro da Agricultura afiança que vai ter mais 340 milhões de euros para gastar do que o que está inscrito nos quadros do Orçamento do Estado para 2017. Segundo Capoulas Santos, a verba terá sido omitida por "erro".
Detetámos um erro nos quadros que foram distribuídos, que omitem uma verba de 340 milhões de euros", afirmou Luís Capoulas Santos, durante a audição na Assembleia da República, no âmbito da discussão sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2017.
O governante adiantou que já pediu a correção do erro e frisou que a Agricultura vai ter mais 7% para gastar do que em 2016.
Serão então 300 milhões de euros para o funcionamento do ministério, 660 milhões para a execução do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 - mais 100 milhões do que no ano anterior -, 100 milhões de euros para "despesas dispersas" e 200 milhões de euros para as regiões autónomas.
Mais dinheiro para florestas
No debate, Capoulas Santos salientou ainda que o Governo dá prioridade à reforma da floresta. Há dez diplomas que "corporizam" alterações em discussão pública e há outros dois diplomas, que também foram aprovados em Conselho de Ministros, que deverão entrar em vigor de forma mais rápida.
Segundo Capoulas Santos, trata-se do diploma que prevê um aumento das dotações para os sapadores florestais de 35 para 40 mil euros e um outro relativo a um projeto-piloto de prevenção de incêndios para o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Os números de Capoulas foram contestados pelos deputados do PSD e do CDS-PP, no debate setorial sobre o OE2017.
O social-democrata Nuno Serra considerou que "a Agricultura é o parente pobre do Governo". Já Patrícia Fonseca, do CDS-PP, criicou a baixa execução do PDR 2020, "o principal instrumento financeiro do setor agrícola", cuja vigência começou em 2014, quando era ministra do setor, Assunção Cristas.