O Governo, via Fundo de Resolução (veículo gerido no quadro do Banco de Portugal), e o principal acionista do Novo Banco (o fundo norte-americano Lone Star), começaram a estudar a forma de acelerar o processo de saneamento completo da instituição, onde, desde a venda em outubro de 2017, o Estado já injetou um total de 1,9 mil milhões de euros, noticia a Público.
A solução envolve a injeção já este ano, de uma só vez, de mais 1,4 mil milhões de euros. Um valor que fica acima dos 600 milhões já contabilizados na proposta de Orçamento do Estado para 2020 e dos 850 milhões de euros autorizados no mesmo documento. Mas que permite, no entanto, fechar o dossiê da recapitalização pública abaixo do valor máximo definido na venda: 3,89 mil milhões de euros. E antes do prazo do mecanismo de capital contingente que enquadra esta solução e que pode durar mais seis anos.
A resolução, a 3 de agosto de 2014, e a venda do Novo Banco, a 18 de outubro de 2017, já consumiram ao Estado, na figura de empréstimos ao Fundo de Resolução, que é na prática, um veículo instrumental público, qualquer coisa como 5,8 mil milhões de euros, incluindo os 1,942 mil milhões de euros acionados desde que o negócio foi fechado (e excluindo os mil milhões que o resto da banca injetou diretamente em 2014).